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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Olha a cabeleira do Zezé

Posted by Wilma Rejane on quarta-feira, agosto 14, 2013 with 21 comments



Maya Felix


Cena um: Casal evangélico, homem pastor, mulher grávida, entra em aeronave da Azul. Senta-se no final. Cena dois: O deputado pró-lobby gay Jean Wyllys entra na mesma aeronave, com um assessor, e se senta um pouco mais à frente do casal evangélico. Cena três: Casal evangélico identifica o deputado e prontamente resolve ir até sua poltrona. Mulher pede para passageiro filmar o que irá acontecer em seguida. Cena quatro: Homem e mulher gritam: “É você, hein, Jean Wyllys?” Ato contínuo, começam a cantar, a plenos pulmões: “Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é… BICHAAA!!!” A mulher tenta passar a mão na cabeça de Jean Wyllys e diz : “Não gosta de mulher, Jean? Por quê???” O pastor completa: “Vai pra nossa igreja que tem cura!” Logo depois, o casal evangélico grita: “Vamos aí, gente, todos juntos! Batendo palmas!” e recomeçam: “Olha a cabeleira do Zezé…” Jean Wyllys se sente desconfortável, finge que não é com ele, baixa a cabeça e tenta se concentrar na leitura da revista G Magazine que havia comprado na livraria do aeroporto. Mas o casal evangélico não para: “Deputadoooo… canta com a genteeee! Olha a cabeleira do Zezé…” O assessor do deputado, em vão, tenta protegê-lo das tentativas de toque da mulher, que continua querendo encostar a mão na testa do deputado. De repente, ela tira um vidrinho da bolsa, derrama uma parte do conteúdo na palma da mão e passa na testa de Wyllys: “É óleo para ungir você, rapaz! Larga essa bichice!” Jean Wyllys retira um lenço do bolso do paletó e tenta limpar o óleo da testa. Continua sem dizer nada, mas está visivelmente constrangido. 





Os passageiros, atônitos, assistem à cena sem fazer nada. O pastor ri alto e canta: “Só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher…”. Cena cinco: A essa altura, uma mulher sentada logo atrás de Jean Wyllys se levanta e diz: “Chega! Vocês estão me incomodando! Assim não dá!” Cena seis: O casal evangélico decide, então, sentar-se em seu lugar. Mas continua a gritar, desta vez dizendo: “Ô Jean Wyllys, pode esperar, a sua hora vai chegar!!!” Repetem umas seis vezes o refrão e logo depois – sempre filmando, é claro – o pastor decide entrevistar um terapeuta cristão que, coincidentemente, estava no avião: “O senhor acha que o gay pode mudar a sua orientação sexual, se quiser?” FIM DO PRIMEIRO ATO.




Você conseguiu imaginar as cenas narradas acima? São bastante inverossímeis, não? Elas têm pouquíssimas chances de acontecer, pelo menos com um casal evangélico que seja de fato seguidor de Jesus. Talvez não por falta de vontade de “dar o troco”, afinal o deputado e pastor Marco Feliciano passou por constrangimento semelhante ao relatado acima no último dia 9 de agosto, a bordo de uma aeronave da Companhia Azul, indo de Brasília a São Paulo: Eric Corazza e Conrado Ribeiro fizeram com ele e um assessor o que, na hipotética situação que narro, o casal evangélico fez com Jean Wyllys. 

 
Episódio semelhante jamais aconteceria com o deputado ex-BBB porque os evangélicos sabem que escarnecer não é agradável a Deus, ainda que seja agradável à carne e tentador. Não vemos evangélicos constrangendo gays em suas marchas de “orgulho”. Tampouco vemos, em igrejas, predicações jocosas ou irônicas sobre o assunto. A prática homossexual é tratada como ela é: pecado. Pode ser que em algumas igrejas não tenha havido tato ou suficiente familiaridade com o assunto para que pessoas com tendências homossexuais fossem adequadamente encaminhadas a um diálogo cristão e à exortação amorosa e franca que recomendam a Bíblia. Mas nunca se tratou o assunto levemente, debochadamente, levianamente. As crenças dos cristãos, entretanto, são costumeiramente vistas com desprezo e tratadas com galhofa e desrespeito por militantes de causas gays, feministas e esquerdistas em geral.


Durante a Jornada Mundial da Juventude, da Igreja Católica, quem não se lembra dos dois jovens, Raíssa Senra Vitral e Gilson Rodrigues Silva Júnior, que, mascarados e seminus, quebraram imagens de santos católicos e simularam cenas de sexo com elas? Em 1995, o pastor Sérgio Von Hélder, da Igreja Universal do Reino de Deus, chutou a imagem de uma santa católica em rede nacional. Houve grande comoção pelo desrespeito à crença alheia. A Rede Globo de televisão, com interesses mais comerciais que religiosos, repetiu a cena ad nauseam. O mesmo não aconteceu com os dois jovens que quebraram as imagens durante a JMJ. Não houve nem mesmo uma tentativa de entrevistar a dupla. Por quê? Os dois homens que agrediram Marco Feliciano, soube-se depois, dizem não ser gays, como se isso eximisse a militância que faz lobby pró-gay de qualquer responsabilidade do acontecido. Ou diminuísse a gravidade do fato. Ou fosse motivo para não imputá-lo ao crescente ódio insuflado pela mídia contra os evangélicos e conservadores por grupos de pressão e lobby pró-gay.

Quando vi a cena, fiquei estarrecida. Não acreditei que a falta de respeito fosse chegar a esse ponto. Na verdade, fiquei furiosa e cheguei a trocar palavras destemperadas com defensores do ato em uma rede social. A banalização das atitudes totalitárias em nossa sociedade, fruto da imposição de uma visão como única possível sobre qualquer outra, faz com que não nos cause mais espanto a agressão, o escárnio, o vandalismo e a ironia barata, a crítica sem inteligência e o debate impositivo. Como os cristãos têm histórico de tolerância e bom trato, as cenas do início deste texto provavelmente não acontecerão. Já as cenas de desrespeito vistas contra evangélicos se multiplicam em progressão geométrica, aparentemente sem a reação do restante da sociedade. Lembra-me a perseguição nazista aos judeus: começou com atos públicos de hostilidade, terminou onde todos conhecemos bem. Em 2014, políticos de partidos que sustentam esses desrespeitos e atos de barbárie, como PT, PSOL, PC do B, PDT e PSTU, pedirão o voto dos evangélicos. O que você vai fazer?
*Texto escrito em 11/08/2013. Meu agradecimento a Rodrigo Magaldi Merlino, por me ajudar com alguns dados.






 
 Maya Felix é colaboradora do blog UBE - twitter @mayafelix

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Yoani Sánchez também luta por nós

Posted by Wilma Rejane on sábado, fevereiro 23, 2013 with 5 comments




Maya Felix


Causou agitação em nosso país, esta semana, a chegada de Yoani Sánchez, a blogueira cubana que, apesar de toda a repressão, divulga para o mundo as constantes agressões que o governo de seu país perpetra contra todos os que ousam discordar da ordem vigente, uma ditadura socialista que vigora na ilha há mais de 50 anos.

Militantes de partidos de esquerda, como o PC do B e o PT, não só a recepcionaram de modo hostil, em Recife, como impediram a exibição de um filme de que a blogueira participa. Eles também não deixaram que Yoani se manifestasse: ela foi impedida de falar em Recife, na Bahia e em São Paulo, no lançamento de seu livro, que deveria contar com um debate. Os manifestantes fizeram isso para defender o regime cubano, que, em nome da revolução socialista, já mandou para campos de concentração, prisões e afins mais de cem mil pessoas. Segundo O livro negro do comunismo (2000), extensa obra de historiadores franceses, de 15 a 17 mil pessoas foram fuziladas em Cuba. Em 1978, havia entre 15 e 20 mil presos políticos. Segundo a Anistia Internacional, em 1997 havia em Cuba entre 980 e 2.500 presos que haviam cometido “delitos de opinião”. Ou seja: para ser preso, em Cuba, é necessário apenas discordar do governo.

E o que nós, evangélicos, temos a ver com isso? Para começar, devemos nos opor a toda ditadura, a todo regime totalitário – como os governos comunistas. Segundo Tzvetan Todorov, em Le siècle des totalitarismes (2010), o comunismo é uma “religião secular”, que “compartilha com certas religiões tradicionais [...] a crença de que a história da humanidade segue seu curso imutável”. No final deste “curso imutável” está “o desaparecimento de toda diferença entre grupos humanos”, razão pela qual é necessário “abolir a propriedade privada e concentrar todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado”. A eliminação dos inimigos da classe trabalhadora é, então, fundamental. Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, os pais das teorias comunistas, entre esses inimigos estariam, além da burguesia, a religião – para eles, mero instrumento de dominação do Estado capitalista.

Muitos cristãos são impedidos de praticar livremente sua crença, em Cuba. O país sempre esteve na classificação de países por perseguição da Missão Portas Abertas. Neste ano, sobretudo em virtude da pressão internacional e da “estratégia” dos Irmãos Castro para “abrir” a Ilha e salvá-la da falência, atraindo turistas, o país deixou de fazer parte da classificação. Mas as violações e perseguições aos cristãos continuam! Em junho de 2012, líderes da Igreja em Cuba solicitaram aos Governo dos EUA que incluísse o país na lista dos que mais violam a liberdade religiosa no mundo. Segundo o site da Missão Portas Abertas, o número de incidentes contra cristãos vem crescendo. Pastores têm sido presos, multados e proibidos de pregar o Evangelho. Membros de igrejas têm sido perseguidos e impedidos de se reunir. Igrejas têm sido paulatinamente fechadas. A liberdade de expressão é constantemente golpeada. Outro país comunista, a Coreia do Norte, é o número um na classificação de países por perseguição aos cristãos. O comunismo, em todo o mundo, perseguiu e matou milhões de cristãos, entre os cerca de 150 milhões de vítimas dos regimes comunistas. De acordo com as estatísticas de martírio elaboradas pela Universidade Gordon Conwell, dos EUA, com base em uma pesquisa que durou 30 anos para ser finalizada, os regimes comunistas são responsáveis pela morte de 31,6 milhões de cristãos em todo o mundo. Para os Estados comunistas, cristãos são inimigos do socialismo e a religião é o “ópio do povo”.

Quando Yoani Sánchez chama a atenção para o fato de que em Cuba não há liberdade de opinião, ela também está falando por nós, cristãos. Sem a autorização do Governo cubano, igrejas não podem funcionar. Se alguma desagrada o Governo, por qualquer motivo, pode ser fechada sem aviso. A luta pela liberdade em Cuba tem muito a ver conosco. São nossos irmãos, lá, que estão constantemente ameaçados. É o corpo de Cristo em Cuba que não pode evangelizar, nem se reunir, nem festejar suas datas sagradas. Como diz reportagem publicada no site da Missão Portas Abertas, “todas as questões religiosas são tratadas pelo Gabinete de Assuntos religiosos do Comitê Central do partido Comunista Cubano”, e não por canais judiciais, como ocorre em uma democracia. Com isso, “grupos e líderes religiosos” se tornam vulneráveis ao abuso e ao descaso, sem ter o que fazer em relação às decisões tomadas pelo PCC.

O regime de Fidel Castro cala, subjuga, persegue, tortura e mata cristãos, ainda hoje. A luta pela liberdade de expressão em Cuba não é apenas de Yoani Sánchez: é de todos nós.
***
FONTES:
COURTOIS, S. et al. Le livre noir du communisme: Crimes, terreur, répression. Paris: Ed. Robert Laffont, 1997.
TODOROV, T. Le siècle des totalitarismes. Paris: Ed. Robert Laffont, 2010.
Site da Missão Portas Abertas:

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