
Por Judson Canto
Costumamos acusar o sistema do “deus deste século”, que chamamos “mundo” de inverter os princípios bíblicos e emporcalhar as instituições saudáveis e benéficas ao ser humano, e nisso estamos absolutamente certos. Não se poderia esperar outra coisa, aliás. Se vivemos num mundo imerso no Maligno, seria muito estranho que os valores cristãos não encontrassem resistência. Mas os cristãos, que não são do mundo, às vezes se esquecem de que ainda vivem nele e por descuido, quero crer, acabam jogando contra o patrimônio.
Costumo passar diante de uma dessas denominações ou comunidades que se proliferam como gramíneas nos centros urbanos, e vejo ali a prova da inversão das prioridades do evangelho: o pequeno salão com portas de rolo que se abrem para a calçada; a placa de identificação cujo nome corresponde a um clichê evangélico; a foto da pastora Fulana de Tal.
Se pensarmos nos três principais componentes da igreja, iremos nos lembrar de Cristo, seu fundador e cabeça. A Cabeça nos remeterá ao seu corpo espiritual, a igreja dita universal ou invisível. Por fim, cogitaremos a igreja local, o grupo de crentes que se reúne em determinado lugar.
O descrente alcançado pelo evangelho deveria ser apresentado antes de tudo a Cristo, mas a primeira pessoa que ele conhece ao passar diante de um desses estabelecimentos é o “pastor”, “missionário” ou “apóstolo” titular do CNPJ.
Ele deveria em seguida ser introduzido no organismo vivo do qual será membro, mergulhado na sublimidade do batismo espiritual que nos faz um com o Senhor, mas em vez disso depara com um nome esquisito numa placa (ou com um nome tradicional, não faz diferença).
O convertido deveria logo depois ingressar numa igreja local, que é sempre povo, não um lugar (daí a expressão bíblica “a igreja que se reúne na casa de…”). Mas antes mesmo que exista povo, isto é, a igreja local, o templo já está ali, muito parecido com uma lojinha de 1,99. Depois disso, o novo crente confundirá templo com igreja pelo resto da vida. Ou com uma lojinha, se não ficar atento.
O pastor antes de Cristo. A denominação antes da igreja. O prédio antes do povo. O humano antes do divino. Eis a inversão.
Fonte: O Balido - Blog do Judson Canto
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Nota de Eliseu Antonio Gomes: Entre os religiosos, é costume o uso da palavra "mundo" para definir produções e envolvimentos de pessoas em eventos realizados em espaços físicos de instituições que não estejam relacionadas com suas práticas de religião. Concordo parcialmente, isso é a metade da verdade. O mundo reprovado por Deus, como bem definiu o autor do artigo, é "o sistema do deus deste século". Qual seria esse sistema, então? A adesão ao comportamento de desobediência e desinteresse aos mandamentos do Senhor - amar a Deus em primeiro lugar; amar ao próximo como a nós mesmos; amar o inimigo. E sendo assim, pelo olhar do Senhor que nos chama para servir de corpo, alma e espírito, a pessoa mundana não é apenas quem é antireligioso, não é apenas o estuprador de mulheres, a mulher promíscua, o assassino em série; o ladrão de idosos ou bancos.
Também pode ser extremamente mundano o sujeito que é assíduo frequentador de templos evangélicos, aquele religioso 24 horas ao dia, durante todos os dias dos anos de sua vida, se apesar da presença efetiva aos cultos não caminhar no Espírito, mas estar em constante contenda com o marido/a esposa, pais/filhos, maltratar os irmãos de fé e os descrentes, aquele que apenas praticar o bem aos semelhantes interessado em tirar vantagens da situação recebendo favores em troca. Quem é assim carrega o mundo dentro de si.
Para meditar: O Criador enxerga em seu coração rebelião e negligência aos mandamentos ou encontra adoração de seu espírito? Não basta ir à igreja durante o meio da semana e aos sábados e domingos, a carne também se alimenta de práticas religiosas. É preciso renascer para Deus, é preciso desapegar-se do sistema estabelecido pelo deus deste século e apresentar a Jesus Cristo o fruto do Espírito. Confira: Colossenses 2.20-23; Gálatas 5.19-23.
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Nota de Eliseu Antonio Gomes: Entre os religiosos, é costume o uso da palavra "mundo" para definir produções e envolvimentos de pessoas em eventos realizados em espaços físicos de instituições que não estejam relacionadas com suas práticas de religião. Concordo parcialmente, isso é a metade da verdade. O mundo reprovado por Deus, como bem definiu o autor do artigo, é "o sistema do deus deste século". Qual seria esse sistema, então? A adesão ao comportamento de desobediência e desinteresse aos mandamentos do Senhor - amar a Deus em primeiro lugar; amar ao próximo como a nós mesmos; amar o inimigo. E sendo assim, pelo olhar do Senhor que nos chama para servir de corpo, alma e espírito, a pessoa mundana não é apenas quem é antireligioso, não é apenas o estuprador de mulheres, a mulher promíscua, o assassino em série; o ladrão de idosos ou bancos.
Também pode ser extremamente mundano o sujeito que é assíduo frequentador de templos evangélicos, aquele religioso 24 horas ao dia, durante todos os dias dos anos de sua vida, se apesar da presença efetiva aos cultos não caminhar no Espírito, mas estar em constante contenda com o marido/a esposa, pais/filhos, maltratar os irmãos de fé e os descrentes, aquele que apenas praticar o bem aos semelhantes interessado em tirar vantagens da situação recebendo favores em troca. Quem é assim carrega o mundo dentro de si.
Para meditar: O Criador enxerga em seu coração rebelião e negligência aos mandamentos ou encontra adoração de seu espírito? Não basta ir à igreja durante o meio da semana e aos sábados e domingos, a carne também se alimenta de práticas religiosas. É preciso renascer para Deus, é preciso desapegar-se do sistema estabelecido pelo deus deste século e apresentar a Jesus Cristo o fruto do Espírito. Confira: Colossenses 2.20-23; Gálatas 5.19-23.