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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Resposta para alguém que que é contra arrecadação de dízimos e o salário de pastor evangélico

Posted by Eliseu Antonio Gomes on segunda-feira, novembro 21, 2016 with 1 comment

Iniciando este texto, quero deixar claro que não sou pastor, não tenho nenhuma espécie de vínculo com dinheiro de igrejas, a não ser à posição de quem entrega o dinheiro para sustentar o ministério.

1. Pastores, missionários e evangelistas.

Para argumentar contra o salário de pastor, críticos citam Mateus 10.9-10 ("digno é o obreiro do seu alimento") fora do contexto do assunto. Nesta passagem, os discípulos foram enviados para um trabalho evangelístico – em pouco tempo percorreram um trajeto fazendo visitas e logo retornaram. Não é o caso do ministério pastoral – o pastor convive com os membros da igreja, cuida de uma comunidade na posição de líder espiritual.

Por que o apóstolo Paulo não aceitou salário? Ora, não poderia fazer isso porque não era pastor, ele era apóstolo/missionário. Ele não lidava com gente convertida, seu contato era com gente se convertendo.

O apóstolo ensinou os convertidos a sustentarem pastores. O texto que trata de pastores/presbíteros com relação ao salário é 1 Timóteo 5.17. Nesta passagem bíblica, Paulo escreveu que aquele que se aplica ao ensino da Palavra deve ser estimado por digno de “duplicada honra”, pelos que são ensinados. No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo empregado no qual ao português está vertido o vocábulo “honra”, tem o sentido de “honorário”, “salário”, “sustento como recompensa por bons serviços prestados”. 

Este texto não é de difícil compreensão. 

2. Vivendo pela fé.

Outra argumentação dos críticos do sustento pastoral é afirmar que o pastor deve viver pela fé.

O que é viver pela fé? Viver desempregado, viver sem salário, passar fome? Ora, é assim para aqueles que possuem uma fé limitadora, mas para quem possui uma fé no Deus de toda provisão, é diferente, é o extremo oposto.

Analisemos a galeria da fé, em Hebreus 11. Enquanto uns, pela fé, viveram sem alcançar as promessas de Deus, receberam zombarias, foram presos e torturados, morreram ao fio da espada, morreram queimados, outros, também pela fé, receberam as promessas de Deus, fecharam a boca de leões, apagaram a força do fogo, colocaram em fuga exércitos inimigos, conheceram a vitória, conquistaram reinos (versículos 33 ao 38).

3. O valor do trabalho de pastor evangélico.

As pessoas mundanas, que desprezam o Espírito Santo, alegam que o pastor que não exerce uma profissão na área secular é uma pessoa que não trabalha. Eles dizem isso porque não possuem a sabedoria do alto. O trabalho de um pastor - estudando a Bíblia para pregar e aconselhar os membros; orando pelos membros - é mais importante que qualquer trabalho deste mundo, porque é um trabalho de ordem espiritual; o pastor prepara almas para entrar no céu. 

É válido lembrar que para Deus uma alma vale mais que o mundo inteiro!

4. Defendendo os dizimistas cristãos e a coleta de dízimo nas igrejas evangélicas.

Penso que não devemos subestimar os dizimistas. Alguns descrevem quem entrega o dízimo como “pessoas de baixa instrução". Afirmar isso é agir com preconceito. Não são apenas pessoas com pouca escolaridade entregando dízimos nas igrejas, também existem pessoas cultas que fazem isso. 

O dizimista é dono do seu dinheiro, e nessa condição de dono precisa ser respeitado por todos nós. Ele faz o que quiser com tudo que é dele, não merece ouvir ou ler opinião de quem quer que seja a respeito do que queira fazer, se não solicitou auxílio à administração de seus bens.

.O dízimo nada mais é do que um sistema de ofertas sob a regra de dez por cento do salário do crente. Se a igreja recebe dízimos, pedindo que seja entregue voluntariamente, nada há de errado nisso do ponto de vista bíblico.

Conclusão.

Costumo aconselhar antidizimistas a consultarem o coração. Penso que eles precisam realizar uma autoanálise, para checar a motivação que os faz ficar contra as ofertas de dez por cento. Caso a razão da indisposição em ofertar seja o apego exagerado ao dinheiro, é necessário ter uma boa conversa com Deus e pensar em mudar o quanto antes possível seu posicionamento neste assunto.

E.A.G.

Fonte: Belverede. Artigo postado originalmente com o título Resposta para uma pessoa antidizimista e que é contra o salário de pastor.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Diferença entre crítica severa, grosseria e escracho

Posted by Izaldil Tavares de Castro on quinta-feira, janeiro 14, 2016 with No comments
Izaldil Tavares de Castro

Sou absolutamente partidário do exercício da análise, da avaliação de todo e qualquer conteúdo exposto ao público. Defendo o direito inalienável que todo cidadão tem de tornar sabida sua posição relativamente a qualquer tópico da existência humana. Para isso é que formamos sociedade; para isso é que somos dotados tanto de personalidade quanto de processos de comunicação.

Isso posto, não custa observar que o uso dos processos de comunicação, em nosso caso a comunicação verbal, impõe regras da "boa convivência discordante". Isso implica que discordar não é, necessariamente, achincalhar o oponente, não é humilhar-lhe a razão, a fim de deixar clara a nossa "superioridade racional", como se nos comunicássemos com seres inferiores.

Quando alguém usa mal a ironia (existe a ironia inteligente) põe à mostra uma boa dose de ignorância, além de enfraquecer ou mesmo destruir qualquer possível argumento de oposição.


A "boa convivência discordante" exclui os exageros. Se a discordância se dá no plano da oralidade, quanto mais elegância nas palavras (vocabulário elevado) e nos gestos (sem grande alteração no tom da voz) houver, mais equilíbrio será demonstrado e mais ampla será a possibilidade de sucesso daquele que oferece a oposição.


Se a contradição se faz em texto escrito, as mesmas regras devem ser observadas. Não se criam apelidos irônicos para mencionar o desafeto, nem se usa um vocabulário desastroso, já que este expressa o grau de educação moral e cívica de quem escreve.


A crítica pode ser severa, sem ser grosseira. A crítica severa só é utilizada para a consideração de assuntos relevantes, ou para se fazer oposição a quem está em destacada posição social ou hierárquica.


Não se deve confundir "crítica severa" com "escracho". Este é um processo usado para tornar - de propósito - ridículo o oponente. Claro que se trata de outro nível de relacionamento que, sem puritanismos, tem o seu lugar. Basta que não se confundam as coisas.
Izaldil Tavares de Castro.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Estrangeira em minha própria terra - tristemunho!

Posted by Cíntia Kaneshigue on terça-feira, julho 14, 2015 with 1 comment
despedida no aeroporto - arquivo pessoal
Depois de morar 14 anos no Japão, cá estou eu em terras brasileiras novamente!

E eu não poderia de deixar aqui registrado minhas primeiras impressões e experiências em solo verde e amarelo. Infelizmente impressões e experiências não muito agradáveis.

A nossa viagem foi quase eterna de tão longa. Saímos do Japão, passamos por Taiwan, China e África do Sul. Foi bem cansativo, mas em todas as escalas foi muito tranquilo, voos silenciosos, pessoas educadas, normal.


aeroporto de Taiwan
Na última escala, porém, senti a diferença no portão de embarque. O voo que sairia para o Brasil, é claro estava cheio de brasileiros esperando para entrar no avião. E aí começou um tumulto, uma aglomeração, saímos da fila e decidimos entrar depois de todos.

Dentro do avião mais confusão: muitas pessoas em pé, brigando por espaço e por poltrona, minha amiga que estava grávida, pegou um assento bem na fileira do meio no meio, o que era inviável para ela. Fomos conversar com as pessoas ao lado perguntando sobre a possibilidade de trocar de lugar, e para o nosso espanto, fomos xingadas!!!

Dei o meu lugar a minha amiga e fui eu lá no meio do meio.

Chegando aqui no aeroporto de Guarulhos, mais um triste episódio. Fui pedir informação a um agente da polícia federal e recebi dele uma resposta mal dada. 

Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.


no avião para China

Imaginem a cena e façam as contas, queridos: 

• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• 10 malas x 32kg;
• plataforma móvel a 50 cm de altura

Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.

aeroporto da África do Sul

Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.

Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".

Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???

na África com Mandela
.
.
Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.

Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.

Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.

Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.

"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.

Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.

Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação! E pelo motivo de nossa mudança, migrarei para outro blog, para essa nova etapa no Brasil.

Conto com a oração dos irmãos.

Deus abençoe a cada um! Abraços! 
 .
parada na África do Sul com direito a banho
 e café!


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Lindo templo, belíssima igreja!

Posted by Eliseu Antonio Gomes on sexta-feira, fevereiro 06, 2015 with No comments

Pretender uma "igreja" cheia de gente bem de vida, alegre, bem instruída, bons ofertantes para a "causa", em um templo confortável é "uma bênção" para muitos líderes. Sabe, até eu ficaria feliz com isso!

E não faço crítica a isso, em princípio.

Mas, em que ponto entra a crítica?

Pegue a Bíblia e veja a importância que o Senhor da Igreja deu a essas coisas. Veja qual a proporção entre os "bem de vida" e os "pobres" que seguiam a Jesus e a quais deles Jesus deu atenção.

No Brasil, temos belos templos, e "crentes" nos melhores níveis sociais. Temos púlpitos exuberantes com verdadeiros tronos, coros e orquestras primorosos. Garagens para os melhores carros. Coisa linda!

E os pobres, miseráveis, famintos que "enfeiam" a cidade? Esses vivem à mingua, a caminho do inferno, por não receberem a Palavra de salvação nem o alimento do dia.

Entretanto, muito provavelmente, lá (no inferno) os abandonados se encontrarão com os vaidosos ocupantes desses tronos terrenos, com os bem-de-vida que amavam cantar no excelente coro e que não faltavam à reunião dominical.

Lá, todos estarão nas mesma condições de horror e miséria.

Você, leitor, pode não gostar do que eu disse; todavia, se não dissesse, seria omisso. Costumo dizer que, se as coisas que dissemos incomodaram a alguém; era para esse alguém que faláramos.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Defensores da fé e do plágio

Posted by Eliseu Antonio Gomes on sábado, janeiro 24, 2015 with No comments
Por Ciro Sanchez Zibordi

Navegando pela Internet, vejo que alguns pretensos sites e blogs de defesa da fé confundem fonte com autoria. E creio que alguns têm feito isso de modo intencional. “Copiam e colam” textos do autor na íntegra — valendo-se do famoso “Control C + Control V” — e, no fim, inserem a fonte, sem nenhum destaque à autoria. Fica a impressão errônea de que o texto é de outro autor, que apenas consultou uma fonte, mencionada no rodapé do artigo. Nesse caso, o autor passa a ser fonte; e a fonte torna-se autor. Isso não é um tipo de desonestidade?

É inadmissível que pessoas que se dizem servas do Senhor e defensoras da verdade não tenham a dignidade de respeitar os direitos do autor. Sinceramente, estou cansado de ver “homens de Deus” se apropriando de meus singelos textos e de outros expoentes, na grande rede! Plagiam o texto, na íntegra, na maior “cara de pau”! E, na melhor das hipóteses, apenas citam a fonte, deixando o leitor em dúvida quanto à autoria.

Que tipo de defensores da fé cristã são esses, que se apropriam da obra de outrem, desprezando ou relativizando a autoria? Tenho prazer em ver minhas obras compartilhadas e publicadas em outros blogs e sites! Não me oponho a isso. Eu escrevo para isso, mesmo. Mas, se combatemos a desonestidade, precisamos ser honestos (1 Pe 2.12). E, se combatemos o erro, temos de ser verdadeiros (Fp 4.8). ‪#‎ProntoFalei‬.

Fonte: Blog do Ciro

O autor é colunista do portal CPAD News editor do blog que porta seu nome e autor de livros publicados pela editora CPAD.

__________

Comentário UBE Blogs: a praxe convencionada para cópias de Internet, é que a pessoa que reproduzir o conteúdo insira acima deste conteúdo reproduzido a identidade de quem o escreveu, e ao final a informação do site/blog em que foi realizada a extração da cópia. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O que é aproveitar a vida?

Posted by Eliseu Antonio Gomes on terça-feira, dezembro 02, 2014 with No comments

Por Eliseu Antonio Gomes

O que é "aproveitar a vida"? Embriagar-se? Fumar? Drogar-se? Ir às "noitadas" e praticar sexo irresponsavelmente? Buscar o conhecimento ateísta em um cursinho e faculdade? Casar-se, viver ao lado de um amor, constituir uma família, curtir a alegria de ter um filho nos braços e vê-lo crescer? Observar os pássaros? Envelhecer acompanhando o movimento de carros pela janela de casa? Experimentar o privilégio de uma velhice tranquila conhecendo o mundo em viagens em alto-mar?

Equivoca-se quem acredita que aproveitar a vida é apenas satisfazer os desejos relativos às coisas terrenas. É um erro acreditar que ao viver a vida indo às festas, levar a vida na ''zoera'', é o caminho para encontrar a felicidade. É um engano acreditar que só é possível aproveitar a vida quando ignoramos a vontade de Deus.

Engana-se quem acredite que o estudo é desnecessário e afirme que para ser feliz só é preciso ser um assíduo frequentador de templos e praticante de normas religiosas rígidas. Fanáticos religiosos não percebem que Deus quer nossa felicidade plena, quer que sejamos felizes no plano físico e desfrutemos da felicidade na esfera espiritual.

Tanto a filosofia ateísta quanto a prática de fanatismo religioso separam o espírito humano do Espírito Santo, tornando a alma das pessoas insatisfeitas, mesmo quando o ser humano experimenta tudo que o mundo físico oferece. A desorganização de espaço de tempo entre relações supérfluas e a relação básica no campo da religiosidade produz angústia no coração do homem. O uso de drogas tem preço caríssimo, pois proporcionam prazer pelo entorpecimento da mente e levam embora a saúde e em determinado espaço de tempo leva embora a tranquilidade dos usuários. Dogmas e liturgias de culto não são suficientes para nos fazer melhores. O sexo sem compromisso violenta a alma, porque a relação sem amor, mesmo que consensual, fere o coração dos praticantes por não ser capaz de satisfazer o espírito humano.

Muitas pessoas têm entendimento delimitado sobre o assunto. Por ignorância, alguns acreditam que aproveitar a vida é apenas fazer aquilo que elas fazem e se sentem bem fazendo. Exemplos:  uns gostam de rotina e outros de novidades; algumas mulheres se consideram felizes trabalhando fora de casa e pensam que as mulheres caseiras são tristes porque cuidam dos afazeres domésticos e da família; há quem goste muito de viajar e acreditam que quem aprecie apenas o ambiente do lar e a leitura na cabeceira de sua cama em seu quarto é uma pessoa frustrada.

Devemos buscar a Deus... [continuação da leitura na fonte]

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

EBD - Lição nº 5: Deus Abomina a Soberba

Posted by vivabonsmomentos on quarta-feira, outubro 29, 2014 with 1 comment
Integridade Moral e Espiritual
Lição 5 - 2/11/2014

Por: Carla Ribas

Integridade Moral e Espiritual 

Introdução: O que é a soberba?

O primeiro passo para a compreensão dessa aula é pesquisar o significado de soberba:

Segundo o dicionário Aurélio, soberba significa: orgulho, altivez, elevação, arrogância, sobrançaria.

Assistindo ao Portal EBD, aprendemos a raiz da palavra soberba: supérbia - qualidade de algo que se acha superior. A definição de soberba também aplica-se quando a pessoa acha que é a fonte dos seus próprios bens materiais e espirituais. 

Quanto à abominação, vale ressaltar o seu significado: repulsa, asco.

O professor,  dr. Caramuru Francisco, faz um link com Thiago 1.17, onde lemos que tudo vem do Senhor; também  com Isaías 14 onde satanás - antes um querubim ungido - se ensoberbeceu a ponto de almejar e tentar ser “semelhante ao Altíssimo”. Mas, o exemplo da sua queda e condenação ao fogo eterno demonstram que o juízo de Deus é severo. 

Um comentário que chama a atenção é que o período de 12 meses entre o sonho de Nabucodonozor foi a chance dada por Deus para que o rei se arrependesse dos seus pecados. 

Esse tempo que Deus deu a Nabucodonozor é uma figura da Dispensarão da Graça. É o tempo em que a humanidade está vivendo. É o que Jesus, citando o profeta Isaías, chama de ano aceitável do Senhor.  Em Lucas 4. 18, lemos que Jesus entra na sinagoga, recebe o livro do profeta Isaías cap. 61 e lê: 

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." RA.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. NVI.

Então Jesus fechou o livro (rolo), pois estamos no ano aceitável do Senhor, no tempo que Deus nos deu para confessarmos e deixarmos os nossos pecados e usar de misericórdia para com os povos. 

Assim com ocorreu com Nabucodonozor, o juízo de Deus virá sobre a humanidade, a chance de arrependimento está sendo oferecida.

O livro de Daniel

O quarto capítulo de Daniel tem sito descrito como o documento governamental mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei, esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e línguas.

Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação exaltava a Deus, o Altíssimo. Poucos líderes mundiais em qualquer época têm sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta Seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de “Teodicéia do Imperador” - uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua justiça.

Como são grandes os seus sinais, como são poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI)

O período em que se deu o Sonho:

Não há indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela ocorreu “no período final do seu reinado, depois de ter participado de muitas guerras para a fundação e estabelecimento do seu império mundial, mas também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas."

A septuaginta data os acontecimentos descritos no décimo oitavo ano do reinado de Nabucodonozor

O sonho e seu cumprimento:

O rei reconheceu que o espírito dos santos deuses estava em Daniel. A tradução HCSB reflete o fato de que Nabucodonozor persistiu em acreditar na pluralidade dos deuses. Porém, tendo sido repreendido (3.24-30) e sabendo que somente Deus poderia revelar o que estava escondido (2.47), é possível corrigir a frase alternativamente como "o espírito do Santo Deus está nele." durante todo o capítulo Daniel é mais frequentemente chamado por seu nome Beltesazar, pois essa é uma escrita sob a perspectiva do rei babilônico, não do exílio hebreu.

O sonho do rei foi sobre uma árvore cujo topo encostava no céu. Encontramos uma expressão semelhante em Gênesis 11:4 para a torre da Babilônia, cujo topo deveria chegar aos céus.

O tronco e as raízes poupados indicava a continuação da vida, o ferro e o bronze apontam para a proteção do tronco. A árvore representa o homem (o rei) pois o anjo declarou que a sua mente humana seria trocada pela de um animal durante sete tempos ou sete anos.

Mas, no meio desse presságio chocante de julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a garantia da infinita fidelidade e misericórdia de Deus. Embora a árvore fosse cortada, o tronco foi deixado para reviver e crescer novamente. Além disso foi cercado de cadeias de ferro e bronze, um símbolo da firmeza e constância da promessa de Deus de sobrevivência e restauração. 

Como servo fiel do rei, Daniel ficou alarmado com a severa disciplina que sobreviria ao rei.
A arvore representava o rei Nabucodonozor, que seria acometido de uma doença mental que o faria viver na natureza, com os animais selvagens (ou do campo) durante sete anos até que se arrependesse do seu orgulho e reconhecesse que "o Altíssimo domina sobre todos os reinos dos homens e os dá a quem ele quer.”

Esse é o único versículo em todo o AT onde Céus é usado como um eufemismo para Deus.
Daniel advertiu para que o rei se arrependesse (fazer o que era certo) na esperança de que isso evitaria a disciplina de Deus.

Nabucodozonozor não possuía menos do que três palácios na cidade da Babilônia. Ele estava andando no terraço de um deles quando ficou maravilhado com a glória da cidade e consumido pelo orgulho. Ao exclamar “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu (“eu eu mesmo”) construí … com meu enorme poder e para a glória da minha majestade? 

Nabucodonozor enfatizou a si próprio como a fonte da majestade. Ele pecou ao não dar o crédito e a glória a Deus como soberano Doador de todas as boas dádivas. Muitos anos mais tarde, o apóstolo Paulo repreendeu os coríntios fazendo a seguinte pergunta: “O que você tem que não tenha recebido? (1Co 4.7)

Ao retardar a sentença de Nabucodonozor em um ano (v 28), Deus o disciplinou no mesmo instante em que ele se deixou consumir pelo orgulho, enquanto "as palavras ainda estavam nos seus lábios”.

Nabucodonosor pode ter sofrido de Licantropia: Psicopatologia. Forma de loucura através da qual um indivíduo pensa ter se transformado em lobo ou em outro animal selvagem, e não tira completamente de suas vítimas a habilidade de raciocínio ou compreensão do que está acontecendo com elas. Dessa forma é possível que o rei tenha percebido que seu próprio orgulho fora a causa da sua insanidade. 

Nabucodonozor arrependeu-se dos seu orgulho e reconheceu o Deus Altíssimo. Sua sanidade voltou instantaneamente, um sinal de que Deus havia suspendido a sentença.

Como um epílogo à narrativa, Nabucodonozor glorificou a Deus, usando palavras que descrevem sua conscientização de que o domínio de Deus é eterno e também resume apropriadamente o tema do livro de Daniel.

Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância. Dn 4.37.

Fontes: 

Comentário Bíblico Beacon vl 4 Editora CPAD              
HCSB Bible               
O AT Comentado Versículo por Versículo - Editora Hagnos e CPAD


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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

EBD Lição 8: O cuidado com a língua

Posted by Pr. Genivaldo Tavares de Melo on quarta-feira, agosto 20, 2014 with No comments
Por Genivaldo Tavares de Melo

EBD – LIÇÃO PARA O DIA 24/08/2014

PONTOS A ESTUDAR:
I – A SERIEDADE DOS MESTRES.
II – A CAPACIDADE DA LÍNGUA. 
III – NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA. MEÇA O TAMANHO DA SUA LÍNGUA. 



Meça o tamanho da sua língua.
PROPOSTAS DA INTRODUÇÃO:

Ao pensar nesta lição durante o dia, eu me perguntei: por que culpar um membro que tem vital importância em nosso corpo transformando-o em agente ativo quando a doença de falar o que não deve está na alma? Resposta: A língua e a mente são uma coisa só quando vistas através da palavra de Deus.

I – A SERIEDADE DOS MESTRES.

1.1. O rigor com os mestres.

O mais duro juízo.

Não sei como muitos veem esse texto ou nem veem.

Devemos pensar que todos os privilégios que a função pastoral possa disponibilizar, incluindo-se popularidade, não devem levar ao esquecimento que seremos julgados por nossos atos.

O peso mais severo do julgamento recairá sobre o que ensinamos errado ou, por omissão, deixamos de ensinar o certo.

Como disse Jesus aos fariseus: “... pois que percorreis os quatro cantos da terra para fazer um discípulo e prosélito e depois os transforma em filhos do inferno duas vezes mais do que vós” (Mt. 23.15).

1.2 A seriedade com os mestres na igreja.

Há dois aspectos importantes na vida daquele que ensina na igreja:

a) Com a própria vida para que o ensino não seja invalidado.

b) Com a verdade e qualidade do ensino. Os gritos e as vozes militarescas podem ser dispensados quando a Palavra de Deus é valorizada entre os irmãos em sua plenitude.

“Ide e fazei discípulos” para o Senhor e não para si próprios.

1.3 Perfeição que domina o corpo.

Recomendo a leitura deste tópico, chamando a atenção dos alunos para sua riqueza às seguintes considerações:

a) Controlar a língua sem cometer excessos.

b) Coração preservado

Quem pretende servir no ministério, deve avaliar se é uma pessoa controlada, pois, ninguém mais que o pastor da igreja conhece intimidades dos fieis. A preservação da dignidade deve partir do controle da fala. Isto também vale para as lideranças menores no meio da igreja.

Nem nas chamadas “reuniões privadas de liderança” deve o obreiro falar sobre a vida alheia, exceto assuntos que caíram no domínio público.

Pastor e mulher de pastor que sabe controlar a língua promove a paz na igreja de forma natural.

II – A CAPACIDADE DA LÍNGUA.

2.1 As pequenas coisas no governo do todo.

A comparação feita com o leme dos navios e o freio dos cavalos mostram como o apóstolo usou bem essas figuras para que percebêssemos o grande e terrível mal causado por uma língua descontrolada e irresponsável.

2.2 “A língua também é um fogo”.

A língua controlada traz-nos muita paz.

Sempre tive um absoluto respeito por quem estivesse do meu lado compartilhando a direção e administração da igreja, porém, isto nunca foi motivo para confiar particularidades que envolvessem um ou mais membros da igreja no tocante a assuntos a mim confiados.

Nunca gostei de trabalhar como bombeiro na igreja, sendo eu assim, preservar era preciso.

2.3 Para dominar a língua.

Nunca pensemos que “abrir o leque” falando de alguém para o pastor da igreja vá fazer de nós heróis.

Temos capacidade de dominar bestas feras e domesticar animais, com esta mesmo poder devemos nos esforçar para controlar a nossa língua, domesticá-la ou mantê-la sob controle.

III – NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA.

3.1 Bênção e maldição.

Para este tópico, há um texto que devemos considerar e guardar em nosso coração como um tesouro para ter descanso na alma.

Prov[erbios.6.16 – Língua mentirosa, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.

Conheci muitos casos de pessoas maravilhosas, usadas por Deus, bênção nas ações e maldição no mau uso da língua em outras situações.

Seja uma bênção na sua igreja.

3.2 Exemplos da natureza.

O autor mostra os exemplos tomados por Tiago com elementos da própria natureza.

- A fonte das águas

- Os frutos produzidos por uma árvore.

É muito duro, olhar para uma pessoa e perceber duas; a que fala o que diz ser e a que é de verdade por sua dupla ação.

Leve-se em conta que o autor considera o fato de muitos bendizerem a Deus e maldizer o próximo. Isto não é incomum e com certeza, tem causado muitos danos espirituais a esse tipo de fonte.

O professor deve levar os alunos a pensarem com seriedade nas questões acima.

3.3 Uma única fonte.

Este tópico é curto e rico em seu conteúdo, leia ou peça que leiam, chamando a atenção para o vigor dessas palavras.

O novo nascimento proporciona qualidade completa de vida, inclui o controle da língua e o zelo que devemos ter com todos os que convivem conosco em santa comunhão nas igrejas.

Quero aproveitar para lembrar que é comum novos convertidos abrirem o coração aos que acompanham, é preciso ensiná-los a preservar detalhes de suas vidas. Quando compartilhadas, é importante preservar a indiscrição para não expô-los de maneira negativa.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Humildade

Posted by Eliseu Antonio Gomes on segunda-feira, agosto 04, 2014 with No comments
Artista indefinido

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

EBD Lição nº 5: O cuidado ao falar e a religião pura

Posted by Pr. Genivaldo Tavares de Melo on sexta-feira, agosto 01, 2014 with No comments


EBD – LIÇÃO PARA O DIA 03/08/2014

PONTOS A ESTUDAR:
I – PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR.
II – PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA PALAVRA.
III – A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA.

Proposta de introdução:

Quando as lições tratam de questões morais e de vida comum é normal que alunos empolgados, peçam à palavra, querem contar suas experiências, e alguns conseguem calar o professor por longo tempo. Não deixe que isso aconteça, pois, na maioria dos casos provocam irritação nos demais, que acabam lamentando o tempo perdido.

I – PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR.

1.1 Pronto para ouvir.

Momentos para ouvir: Quando estamos recebendo ensinamentos, em qualquer área da vida, faz-se necessário segurar a empolgação para não falar na hora imprópria, perturbando o ensino, mesmo quando temos a sensação de saber mais do que o preletor.

Ouvir com serenidade os que nos procuram para aconselhamento mesmo que os esclarecimentos pareçam demorados e insipientes ou prolixos; faz com que o nosso interlocutor se sinta importante.

O comentarista da lição cita, ainda, a experiência de Samuel, ensinado para ouvir Deus falar. Há muitos que ficam tão preocupados com o vizinho de banco ou com a movimentação de pessoas dentro da igreja – quando isso ocorre – que termina o culto e não ouviu a voz do Senhor.

1.2 Tardio para falar. 

Recomendo a leitura deste tópico com ênfase, para que os alunos percebam a sua importância.

Quando falar: Tiago não impede ou critica a fala, mas, invoca responsabilidade na comunicação. Nesta situação, o cuidado deve ser redobrado quando estamos na Casa do Senhor. Já vi muitas perdas por conta de maus pronunciamentos, principalmente quando afetam os novos convertidos.

A segunda questão importante dessa abordagem é que Tiago deve ter conhecido muita gente precipitada para falar e desatentas para ouvir.

Pv.25:11 “Como maçãs de ouro em salvas de prata, são as palavras ditas ao seu tempo”.

1.3 Controle sua ira.

46 anos. Dias, semanas e meses de vida em comum nas igrejas nos levam a conhecer os sentimentos que envolvem as pessoas, comparando-as com os traços bíblicos. E com certeza, a ira não é um sentimento comum de pessoas nascidas de novo.

“Tardio para se irar...”.

É um conselho sem cabimento da parte do apóstolo ou ele reconhece que nem todas as pessoas têm um bom temperamento, mesmo os nascidos de novo?

Há tantas coisas nesse mundo que a Bíblia fica parecendo mera teoria e utopia.

Mesmo os nascidos de novo precisam controlar a sua natureza. Deixar-se dominar inteiramente pelo Espírito de Deus, parece ser um privilégio de poucos, resguardadas as devidas proporções. Conheci excelentes crentes que não poderiam ser investidos de qualquer responsabilidade na igreja; causariam um transtorno pela facilidade de irritarem-se, e até mesmo chegarem à ira contra o irmão ou irmã.

II – PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA PALAVRA.

2.1 Enxertai-vos da palavra.

Este tópico é uma exortação do autor baseado no texto de Tiago, para que não sejamos apenas ouvintes da Palavra. Definitivamente, o amor que temos pela Palavra de Deus é a única saída para uma vida coerente e vitoriosa. O que se vê em nossos dias, causado pelas heresias de muitas igrejas, deixa a nítida impressão que muitos não demonstram conhecer as Escrituras, e se conhecem desprezam as orientações do Senhor.

2.2 Praticai a Palavra.

A palavra-chave deste tópico parece ser a repetição da fala de Tiago; “o homem que contempla a própria imagem no espelho e depois se retira, esquecendo-se completamente dela”.

O típico ouvinte esquecido.

2.3 Persevere ouvindo e agindo.

A maior prova que um cristão pode dar como conhecedor da Palavra de Deus está na sua atuação constante.

Não podemos julgar a todos pela aparente falta de atuação, há pessoas sem condições de envolvimento direto com a igreja, outras, estão realmente em situação de incapacidade de fazer algo, porém, guardam profunda fé no coração e não escondem isso de pessoas com quem convivem, e exercem influência positiva sobre quem está em seu círculo de convivência.

III – A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA.

3.1 A falsa religiosidade.

Com o advento da rede social, passamos a conhecer pessoas que oram pela madrugada, que evangelizam e que contribuem. São Pessoas que gostam de publicar seus feitos, isto não chega a ser uma falsa religiosidade, entretanto torna tão fútil quanto.

A outra questão importante é quando há ações díspares: num dado momento praticamos boas ações e em outro prejudicamos a vida de alguém com alguma atitude má. A disparidade pode destruir tudo de bom que se faça em nome do Senhor.

3.2 A verdadeira religião.

Considero a passagem bíblica Isaías 1:18 por demais interessante, ela é muito usado em pregações, porém, de certa forma fora de contexto, quando muitos acham que as manchas de pecados são limpas sem que haja mudança de atitude por parte do pecador. Contexto: "Vinde então e argui-me...” (Isaias 1:11-17).

3.3 Guardando-se da corrupção.

Recomendo que você, professor, grife neste tópico esta frase, para demonstrar a importância dela: “A religião falsa está mergulhada no egoísmo, na corrupção e nos interesses maléficos do sistema pecaminoso”.

Mergulhada no egoísmo da corrupção; assombram-nos as coisas que acontecem no nosso meio, com relação à corrupção.

Ato ou efeito de se corromper; no sentido de negociatas, perder o referencial de fé ou ser um agente ativo da corrupção, como comprar favores.

O Cuidado ao Falar e a Religião Pura - Subsídio para Lição Bíblica

Posted by ALTAIR GERMANO DA SILVA on sexta-feira, agosto 01, 2014 with No comments
TIAGO

1.19 Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
1.20  Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
1.21 Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.
1.22 Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
1.23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;
1.24 pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
1.25  Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.
1.26 Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
1.27 A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.

O cuidado com o falar está diretamente relacionado com a verdadeira espiritualidade, com a religiosidade pura e imaculada.

Enquanto escrevo o presente texto, me sinto ainda inconformado com algumas palavras ouvidas que não condizem com a verdade de um determinado contexto. Observemos algumas questões que envolvem o cuidado com o falar:

1 – Cuidado com o falar fora do tempo

Há um tempo certo para falar as coisas. Falar uma verdade, ou tecer uma crítica ou comentário, implica em discernir o momento oportuno. Falar a coisa certa no tempo errado poderá resultar em grandes transtornos. Antecipar a fala, ou falar tardiamente não atitudes que implicam na falta de sabedoria.

2 – Cuidado com o modo de falar

Controlar a maneira de falar, principalmente quando sentimentos de indignação, raiva e ira nos envolvem, não é tarefa muito fácil. Nossas palavras geralmente carregam e expressam no tom os nossos sentimentos. Gritar ou levantar o tom da voz é uma das maneiras de manifestar indignação. Desenvolver a inteligência emocional que nos leva a pensar não antes de falar é um grande desafio a ser alcançado. A grande questão aqui não é a de não demonstrar os sentimentos no falar, mas de perder o controle dos sentimentos e da fala.

3 – Cuidado com o que falar

O conteúdo da fala do cristão deve estar livre de mentiras ou jogos semânticos. Mentir descaradamente ou dissimuladamente é pecado. O diabo é o pai da mentira. Uma meia-verdade é também uma meia-mentira. Tentar dissimular através do falar e de jogos semânticos diante de pessoas inteligentes demonstra a falta de inteligência do dissimulador. Palavras de baixo nível não devem fazer parte do vocabulário do cristão. Há pessoas que antes de falar mentiras aos outros, mentem para si mesmos, enganando o seu coração (v.26). As pessoas falam mentiras para conquistar ou manter-se em posições já conquistadas. Há pessoas que falam para difamar, injuriar, denegrir, humilhar, etc. Tenhamos cuidado com o que falamos, pois seremos julgados por isso.

4 – Cuidado com o local de falar

Há locais adequados para determinados tipos de conversar, discussões, etc. O ambiente deve ser considerado na ora de pronunciarmos algumas palavras, de revelarmos alguns fatos, ou de denunciarmos alguns erros. Questões que ganharam publicidade ampla talvez precisem ser esclarecidas na mesma proporção. As instâncias de discussões e soluções de problemas devem ser respeitadas.

5 – Cuidado com a responsabilidade de falar

Omitir a fala pode ser considerado um ato de covardia e conveniência egoísta. Na direção do Espírito, fundamentado em princípios bíblicos, o crente não deve temer falar ou se posicionar diante das mais diversas questões que envolvem o cotidiano na família, trabalho, escola, igreja, etc., mas sempre considerando as questões aqui citadas.

Haverá casos em que você falará no tempo, do modo, no local, da maneira e a coisa certa, e mesmo assim sofrerá retaliações, incompreensões e perseguições por isso. Não tema! Confie em Deus, o justo juiz, que a seu tempo e forma julgará a questão.

Quanto ao ouvir

Ouvir é uma capacidade que precisa ser desenvolvida, pois nos torna mais sábios, uma vez que ouvindo aprendemos, refletimos, ponderamos. Pais, administradores, chefes, gerentes, pastores, professores  e outros em posição de liderança precisam ouvir seus liderados. Ouvir mais e falar menos é uma atitude prudente. A Bíblia nos alerta “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”

Para concluir, a nossa fala “religiosa” precisa estar em sintonia com a nossa prática “religiosa”, ou seja, o nosso discurso e as nossas boas obras precisam caminhar de mãos dadas na estrada do viver cristão.

Ninguém está isento de tropeçar no falar, a grande questão é se aprenderemos com os tropeços, para que assim possamos nos livrar de grandes quedas.

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Percebo, logo existo

Posted by Sidnei Moura on segunda-feira, julho 14, 2014 with No comments
Imagem: PV

Sidnei Moura

O célebre escritor Jorge Luis Borges, patriarca das letras argentinas e um dos mais eruditos autores da literatura universal do século XX, reputava o futebol como exemplo de declínio cultural da humanidade ao ponto de afirmar que o futebol era "um símbolo da degradação social". Considerava o esporte como "esteticamente feio" e durante a sua vida fez inúmeras criticas a modalidade esportiva preferida por argentinos e brasileiros. Apesar de toda sua repugnância ao que chamava de uma ideia de "supremacia de poder" horrorosa, Borges produziu em parceria com Adolfo Bioy Casares um primoroso conto ficcional onde o esporte das massas é representado como pano de fundo em uma série de acontecimentos espetaculares, onde uma franca discussão sobre a questão da percepção da realidade é abordada.

No conto "Esse Est Percipi” (Existir é perceber), Borges e Bioy apresentam uma intrincada narrativa onde a vida de um torcedor de futebol é acompanhada a partir do momento em que ele se dá conta de que o estádio Monumental de Núñez - o estádio do tradicional clube River Plate, desapareceu. Ao tentar investigar o que aconteceu, ele descobre que o futebol já não era praticado em Buenos Aires havia muitos anos, e tudo o que ele sentira como real era invenção dos narradores, da TV e do rádio. “Os estádios já são demolições que se caem em pedaços. Hoje tudo se passa na televisão e no rádio. A falsa excitação dos locutores nunca o levou a pensar que tudo é mentira? A última partida de futebol que se jogou nesta capital foi no dia 24 de junho de 1937.”

Enquanto lia ontem a noite esse primoroso conto de Borges e Bioy, passei a pensar por um momento sobre o atual sistema de coisas em que a sociedade brasileira está inserida, e percebi que, na busca frenética de um povo por aquilo que defina sua identidade, por muitas vezes nos deparamos no meio do caminho diante de situações que parecem lutar pelo estabelecimento de uma "cultura" de negação da realidade no futebol, nos meios de comunicação quanto também na política, uma luta desenfreada por aquilo que consequentemente culmina com a subversão da verdade. 

Ora, apesar dos péssimos resultados da seleção brasileira na Copa do Mundo televisionada para todos os cantos do planeta, lá estavam narradores e comentaristas na TV, no rádio e demais meios de comunicação em massa elogiando a cada fim de jogo a "estupenda" atuação da seleção em campo, bem como os próprios cartolas que, no fim de tudo à despeito do reconhecimento da torcida, preferem insistir em negar a realidade com as declarações "Nós jogamos bem", "não fizemos um jogo ruim" e "não vejo como criticar a seleção hoje". Na política, enquanto a economia patina provocando ainda mais exclusão social, lá está o governo nos meios de comunicação afirmando que tudo está muito bem, embora pelas ruas e recantos de todo o país milhões expressem seu descontentamento com a elevação continua dos preços dos alimentos como resultado de uma inflação que já superou o teto estipulado pelo próprio governo onerando ainda mais o apertado orçamento das famílias mais pobres. Ao subverter a realidade a fim de torná-la imperceptível para as massas, subverte-se a própria verdade da realidade.

A luta contínua pela exibição para as massas de uma "saga heroica" que não condiz com a realidade tanto no futebol quanto na política na sociedade brasileira , não perceptível pela maioria, é uma realidade que pode ser afastada no mundo real. Evidentemente em campos opostos, a mediocridade dos governantes e dos meios de comunicação de massa é muito mais devastadora do que a mediocridade dos cartolas e das grandes corporações esportivas, porém todas podem ser sintetizadas nesse aspecto em uma única máxima de Borges sobre o futebol: “O futebol é popular porque a estupidez é popular”. Embora não tenha o mesmo ponto de vista de Borges sobre o futebol e ainda acredite que os meios de comunicação, o futebol e a política são capazes de oferecer condições de progresso quando levados a sério, penso que apenas a condição para a percepção nítida da realidade é capaz de propiciar o afastamento de forma gradual da estupidez que insiste em se estabelecer como dado cultural na multiplicidade de faces de nossa identidade como povo, nação e civilização.

Percebo, só assim de fato, existo.

* "Esse Est Percipi” de Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares é um dos contos publicados na obra "Cronicas de Bustos Domecq".

Sidnei Moura é licenciado em Letras e professor de Língua Portuguesa e literatura. É editor do blog Sidnei Moura, filiado à UBE - União de Blogueiros Evangélicos, e  reside em São Carlos - SP
Facebook: sidnei.moura  |  Twitter: @sidneimoura

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