Izaldil Tavares de Castro
Sou absolutamente partidário do exercício da análise, da avaliação de todo e qualquer conteúdo exposto ao público. Defendo o direito inalienável que todo cidadão tem de tornar sabida sua posição relativamente a qualquer tópico da existência humana. Para isso é que formamos sociedade; para isso é que somos dotados tanto de personalidade quanto de processos de comunicação.
Isso posto, não custa observar que o uso dos processos de comunicação, em nosso caso a comunicação verbal, impõe regras da "boa convivência discordante". Isso implica que discordar não é, necessariamente, achincalhar o oponente, não é humilhar-lhe a razão, a fim de deixar clara a nossa "superioridade racional", como se nos comunicássemos com seres inferiores.
Quando alguém usa mal a ironia (existe a ironia inteligente) põe à mostra uma boa dose de ignorância, além de enfraquecer ou mesmo destruir qualquer possível argumento de oposição.
A "boa convivência discordante" exclui os exageros. Se a discordância se dá no plano da oralidade, quanto mais elegância nas palavras (vocabulário elevado) e nos gestos (sem grande alteração no tom da voz) houver, mais equilíbrio será demonstrado e mais ampla será a possibilidade de sucesso daquele que oferece a oposição.
Se a contradição se faz em texto escrito, as mesmas regras devem ser observadas. Não se criam apelidos irônicos para mencionar o desafeto, nem se usa um vocabulário desastroso, já que este expressa o grau de educação moral e cívica de quem escreve.
A crítica pode ser severa, sem ser grosseira. A crítica severa só é utilizada para a consideração de assuntos relevantes, ou para se fazer oposição a quem está em destacada posição social ou hierárquica.
Não se deve confundir "crítica severa" com "escracho". Este é um processo usado para tornar - de propósito - ridículo o oponente. Claro que se trata de outro nível de relacionamento que, sem puritanismos, tem o seu lugar. Basta que não se confundam as coisas.
Izaldil Tavares de Castro.
Sou absolutamente partidário do exercício da análise, da avaliação de todo e qualquer conteúdo exposto ao público. Defendo o direito inalienável que todo cidadão tem de tornar sabida sua posição relativamente a qualquer tópico da existência humana. Para isso é que formamos sociedade; para isso é que somos dotados tanto de personalidade quanto de processos de comunicação.
Isso posto, não custa observar que o uso dos processos de comunicação, em nosso caso a comunicação verbal, impõe regras da "boa convivência discordante". Isso implica que discordar não é, necessariamente, achincalhar o oponente, não é humilhar-lhe a razão, a fim de deixar clara a nossa "superioridade racional", como se nos comunicássemos com seres inferiores.
Quando alguém usa mal a ironia (existe a ironia inteligente) põe à mostra uma boa dose de ignorância, além de enfraquecer ou mesmo destruir qualquer possível argumento de oposição.
A "boa convivência discordante" exclui os exageros. Se a discordância se dá no plano da oralidade, quanto mais elegância nas palavras (vocabulário elevado) e nos gestos (sem grande alteração no tom da voz) houver, mais equilíbrio será demonstrado e mais ampla será a possibilidade de sucesso daquele que oferece a oposição.
Se a contradição se faz em texto escrito, as mesmas regras devem ser observadas. Não se criam apelidos irônicos para mencionar o desafeto, nem se usa um vocabulário desastroso, já que este expressa o grau de educação moral e cívica de quem escreve.
A crítica pode ser severa, sem ser grosseira. A crítica severa só é utilizada para a consideração de assuntos relevantes, ou para se fazer oposição a quem está em destacada posição social ou hierárquica.
Não se deve confundir "crítica severa" com "escracho". Este é um processo usado para tornar - de propósito - ridículo o oponente. Claro que se trata de outro nível de relacionamento que, sem puritanismos, tem o seu lugar. Basta que não se confundam as coisas.
Izaldil Tavares de Castro.
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