despedida no aeroporto - arquivo pessoal |
E eu não poderia de deixar aqui registrado minhas primeiras impressões e experiências em solo verde e amarelo. Infelizmente impressões e experiências não muito agradáveis.
A nossa viagem foi quase eterna de tão longa. Saímos do Japão, passamos por Taiwan, China e África do Sul. Foi bem cansativo, mas em todas as escalas foi muito tranquilo, voos silenciosos, pessoas educadas, normal.
aeroporto de Taiwan |
Dentro do avião mais confusão: muitas pessoas em pé, brigando por espaço e por poltrona, minha amiga que estava grávida, pegou um assento bem na fileira do meio no meio, o que era inviável para ela. Fomos conversar com as pessoas ao lado perguntando sobre a possibilidade de trocar de lugar, e para o nosso espanto, fomos xingadas!!!
Dei o meu lugar a minha amiga e fui eu lá no meio do meio.
Chegando aqui no aeroporto de Guarulhos, mais um triste episódio. Fui pedir informação a um agente da polícia federal e recebi dele uma resposta mal dada.
Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.
Imaginem a cena e façam as contas, queridos:
• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• 10 malas x 32kg;
• plataforma móvel a 50 cm de altura
Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.
Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.
Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".
Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???
.
.
Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.
Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.
Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.
Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.
"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.
Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.
Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação! E pelo motivo de nossa mudança, migrarei para outro blog, para essa nova etapa no Brasil.
Conto com a oração dos irmãos.
Deus abençoe a cada um! Abraços!
.
Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.
no avião para China |
• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• 10 malas x 32kg;
• plataforma móvel a 50 cm de altura
Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.
aeroporto da África do Sul |
Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.
Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".
Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???
na África com Mandela |
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Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.
Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.
Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.
Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.
"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.
Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.
Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação! E pelo motivo de nossa mudança, migrarei para outro blog, para essa nova etapa no Brasil.
Conto com a oração dos irmãos.
Deus abençoe a cada um! Abraços!
parada na África do Sul com direito a banho e café! |
Bom retorno, é um velho adágio se concretisando: levaram um bovo trabalhador para uma terra agressiva e um povo indolente para um terra paradisica. Ou seja os japoneses e os brasileiros,o Brasil é uma nação de sistema governamental baseado na cleptocrasia. Tenha fé em Deus que no final tudo dará certo, o importante é estar em casa, evangelize, se sinta útil.
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