Lição 5 - 2/11/2014 |
Por: Carla Ribas
Integridade Moral e Espiritual
Introdução: O que é a soberba?
O primeiro passo para a compreensão dessa aula é pesquisar o significado de soberba:
Segundo o dicionário Aurélio, soberba significa: orgulho, altivez, elevação, arrogância, sobrançaria.
Assistindo ao Portal EBD, aprendemos a raiz da palavra soberba: supérbia - qualidade de algo que se acha superior. A definição de soberba também aplica-se quando a pessoa acha que é a fonte dos seus próprios bens materiais e espirituais.
Quanto à abominação, vale ressaltar o seu significado: repulsa, asco.
O professor, dr. Caramuru Francisco, faz um link com Thiago 1.17, onde lemos que tudo vem do Senhor; também com Isaías 14 onde satanás - antes um querubim ungido - se ensoberbeceu a ponto de almejar e tentar ser “semelhante ao Altíssimo”. Mas, o exemplo da sua queda e condenação ao fogo eterno demonstram que o juízo de Deus é severo.
Um comentário que chama a atenção é que o período de 12 meses entre o sonho de Nabucodonozor foi a chance dada por Deus para que o rei se arrependesse dos seus pecados.
Esse tempo que Deus deu a Nabucodonozor é uma figura da Dispensarão da Graça. É o tempo em que a humanidade está vivendo. É o que Jesus, citando o profeta Isaías, chama de ano aceitável do Senhor. Em Lucas 4. 18, lemos que Jesus entra na sinagoga, recebe o livro do profeta Isaías cap. 61 e lê:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." RA.
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”. NVI.
Então Jesus fechou o livro (rolo), pois estamos no ano aceitável do Senhor, no tempo que Deus nos deu para confessarmos e deixarmos os nossos pecados e usar de misericórdia para com os povos.
Assim com ocorreu com Nabucodonozor, o juízo de Deus virá sobre a humanidade, a chance de arrependimento está sendo oferecida.
O livro de Daniel
O quarto capítulo de Daniel tem sito descrito como o documento governamental mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei, esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e línguas.
Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação exaltava a Deus, o Altíssimo. Poucos líderes mundiais em qualquer época têm sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta Seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de “Teodicéia do Imperador” - uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua justiça.
Como são grandes os seus sinais, como são poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI)
O período em que se deu o Sonho:
Não há indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela ocorreu “no período final do seu reinado, depois de ter participado de muitas guerras para a fundação e estabelecimento do seu império mundial, mas também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas."
A septuaginta data os acontecimentos descritos no décimo oitavo ano do reinado de Nabucodonozor
O sonho e seu cumprimento:
O rei reconheceu que o espírito dos santos deuses estava em Daniel. A tradução HCSB reflete o fato de que Nabucodonozor persistiu em acreditar na pluralidade dos deuses. Porém, tendo sido repreendido (3.24-30) e sabendo que somente Deus poderia revelar o que estava escondido (2.47), é possível corrigir a frase alternativamente como "o espírito do Santo Deus está nele." durante todo o capítulo Daniel é mais frequentemente chamado por seu nome Beltesazar, pois essa é uma escrita sob a perspectiva do rei babilônico, não do exílio hebreu.
O rei reconheceu que o espírito dos santos deuses estava em Daniel. A tradução HCSB reflete o fato de que Nabucodonozor persistiu em acreditar na pluralidade dos deuses. Porém, tendo sido repreendido (3.24-30) e sabendo que somente Deus poderia revelar o que estava escondido (2.47), é possível corrigir a frase alternativamente como "o espírito do Santo Deus está nele." durante todo o capítulo Daniel é mais frequentemente chamado por seu nome Beltesazar, pois essa é uma escrita sob a perspectiva do rei babilônico, não do exílio hebreu.
O sonho do rei foi sobre uma árvore cujo topo encostava no céu. Encontramos uma expressão semelhante em Gênesis 11:4 para a torre da Babilônia, cujo topo deveria chegar aos céus.
O tronco e as raízes poupados indicava a continuação da vida, o ferro e o bronze apontam para a proteção do tronco. A árvore representa o homem (o rei) pois o anjo declarou que a sua mente humana seria trocada pela de um animal durante sete tempos ou sete anos.
Mas, no meio desse presságio chocante de julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a garantia da infinita fidelidade e misericórdia de Deus. Embora a árvore fosse cortada, o tronco foi deixado para reviver e crescer novamente. Além disso foi cercado de cadeias de ferro e bronze, um símbolo da firmeza e constância da promessa de Deus de sobrevivência e restauração.
Como servo fiel do rei, Daniel ficou alarmado com a severa disciplina que sobreviria ao rei.
A arvore representava o rei Nabucodonozor, que seria acometido de uma doença mental que o faria viver na natureza, com os animais selvagens (ou do campo) durante sete anos até que se arrependesse do seu orgulho e reconhecesse que "o Altíssimo domina sobre todos os reinos dos homens e os dá a quem ele quer.”
Esse é o único versículo em todo o AT onde Céus é usado como um eufemismo para Deus.
Daniel advertiu para que o rei se arrependesse (fazer o que era certo) na esperança de que isso evitaria a disciplina de Deus.
Nabucodozonozor não possuía menos do que três palácios na cidade da Babilônia. Ele estava andando no terraço de um deles quando ficou maravilhado com a glória da cidade e consumido pelo orgulho. Ao exclamar “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu (“eu eu mesmo”) construí … com meu enorme poder e para a glória da minha majestade?
Nabucodonozor enfatizou a si próprio como a fonte da majestade. Ele pecou ao não dar o crédito e a glória a Deus como soberano Doador de todas as boas dádivas. Muitos anos mais tarde, o apóstolo Paulo repreendeu os coríntios fazendo a seguinte pergunta: “O que você tem que não tenha recebido? (1Co 4.7)
Ao retardar a sentença de Nabucodonozor em um ano (v 28), Deus o disciplinou no mesmo instante em que ele se deixou consumir pelo orgulho, enquanto "as palavras ainda estavam nos seus lábios”.
Nabucodonosor pode ter sofrido de Licantropia: Psicopatologia. Forma de loucura através da qual um indivíduo pensa ter se transformado em lobo ou em outro animal selvagem, e não tira completamente de suas vítimas a habilidade de raciocínio ou compreensão do que está acontecendo com elas. Dessa forma é possível que o rei tenha percebido que seu próprio orgulho fora a causa da sua insanidade.
Nabucodonozor arrependeu-se dos seu orgulho e reconheceu o Deus Altíssimo. Sua sanidade voltou instantaneamente, um sinal de que Deus havia suspendido a sentença.
Como um epílogo à narrativa, Nabucodonozor glorificou a Deus, usando palavras que descrevem sua conscientização de que o domínio de Deus é eterno e também resume apropriadamente o tema do livro de Daniel.
Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância. Dn 4.37.
Fontes:
Fontes:
Comentário Bíblico Beacon vl 4 Editora CPAD
HCSB Bible
O AT Comentado Versículo por Versículo - Editora Hagnos e CPAD
Excelente, será uma lição abençoada.
ResponderExcluir