por Valmir Nascimento
A mania de grandeza de parte da igreja evangélica brasileira é de causar espanto. Parece que a demonstração da comunhão com Cristo é medida com base no tamanho do evento que realizamos. Grandes marchas; congressos suntuosos; eventos gigantescos.
Há muito tempo não me deixo iludir com acontecimentos gigantescos que [dizem] irão mudar o rumo da igreja. Isso, na verdade, é uma tentativa de afirmação evangélica a fim de demonstrar o tamanho de seu crescimento e talvez o poder da sua influência.
Ocorre que a influência do cristão [e da igreja] na sociedade não se dá por meio de grandes eventos, mas sim por uma vida em conformidade com o padrão bíblico. Como cristão evangélico, acredito que a vida cristã se vive nas pequenas coisas; nos pequenos detalhes; no testemunho cristão verdadeiro e na nossa intimidade inabalável com Cristo. Demonstramos que somos diferentes não pela quantidade de pessoas que conseguimos ajuntar numa avenida, estádio ou igreja; antes pela entrega sem reservas a Deus.
E é exatamente isso a base da cosmovisão cristã: nosso compromisso com Cristo. Ao contrário do que muitos pensam, o fundamento da cosmovisão cristã é simples por natureza e se comprova na nossa fidelidade ao Senhor. Apesar da visão de mundo cristã defender a necessidade de influência da igreja em todos os aspectos da sociedade por meio de um fé pública; é verdade também que tal influência tem na sua essência nosso relacionamento individual com Deus. Ações públicas sem verdadeira comunhão individual é simples ativismo político, em que a igreja passa de agente de transformação do Reino de Deus em simples associação humana para causas sociais.
Como escreveu Francis Schaeffer: “Enquanto cristãos, não basta só conhecer a cosmovisão correta, a cosmovisão que nos diz a verdade sobre o que existe, mas também agir conscientemente de acordo com aquela visão de modo a influenciar a sociedade o máximo que pudermos em toda as suas áreas e aspectos e por toda a nossa vida, na total extensão dos nossos dons individuais e coletivos”. [Como Viveremos, Cultura Cristã, p. 194]
O apóstolo Paulo também disse: "Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco" 2Co.1.12
Repetindo: O apóstolo dos gentios fala em simplicidade e sinceridade. Ao invés da simplicidade, o evangelicalismo atual tenta ser sofisticado e requintado, ofuscando o teor da mensagem cristã. E no lugar da sinceridade, se sê ações aparentes, exteriores, com o objetivo principal de causar impacto público.
Que o Senhor Jesus leve-nos de volta à simplicidade do seu evangelho!
Fonte: CPAD News / Enfoque Cristão
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paz do senhor queridos achei este blog por acaso...sou evangélica e gostria de seguir vcs....me siga tbm...orem por mim...pois quero engravidar....e sei que pra DEUS nada é dificil....fik napaz e que DEUS OS ABENÇÕE.
ResponderExcluirConcordo totalmente com esse pensamento que defendes no artigo. Os ajuntamentos cristãos hoje, são mais um fator político do que evangelização.
ResponderExcluirVai ter a marcha pra gizuiz aqui em Salvador, mas a muito deixei de participar pois não é a Marcha pra Jesus" que acontece, e sim a marcha pra o movimento evangélico.
a Igreja atual está precisando voltar à alfabetização da fé e dos conceitos bíblicos de salvação.
gostaria de saber qual é a simplicidade do evangélio que vc diz, congressos de departamentos, cultos vazios, pessoas a carater sem mudança de vida, que são uma coisa dentro da igreja outra fora...Pensava da msma maneira que vc, e quando fui a um desses eventos, vi uma uma coisa linda, pessoas sem medo de adorar a Deus, outras sendo impactadas pela presença do Senhor,não julgue o geral por um ou outro, antes de escrever qualquer coisa viva a palavra !!! ou leia atos dos apostolos..
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