Religiosidade vazia e pomposa é algo que Deus dispensa. E o orgulho, ele rejeita.
Mas, como podem existir pessoas evidentemente cheias de orgulho que declaram acreditar em Deus e se consideram muitíssimo religiosas, principalmente entre aqueles que participam da liderança?
Essa indagação é feita por C. S. Lewis [Cristianismo puro e simples] e corroborada com a denúncia de A. W. Tozer [O melhor]: Quanto trabalho religioso feito com o ativismo do pastor tem por motivação o desejo carnal de fazer o bem! Quantas horas de oração são gastas pedindo-se a Deus que abençoe projetos arquitetados para a glorificação de pequeninos homens! Quanto dinheiro sagrado gasto é despejado sobre os homens que, a despeito dos seus lacrimosos apelos, só procuram realizar uma bela exibição.
Ele diz mais: “Essa mania pelo sucesso é a preservação de uma coisa boa. O desejo de cumprir o propósito para o qual fomos criados é, por certo, dom de Deus, mas o pecado retorceu este impulso e fez dele uma cobiça egoísta pelo primeiro lugar e pelas honras das altas posições. O mundo inteiro do homens é arrastado por esta cobiça como por um demônio, e não há escape“.
Em resposta, C. S. Lewis anota que essas pessoas adoram um Deus imaginário: Na teoria, admitem que não são nada comparadas a esse Deus fantasma, mas na prática passam o tempo todo a imaginar o quanto ele as aprova e as tem em melhor conta que ao resto dos comuns mortais. Ou seja, pagam alguns tostões de humildade imaginária para receber uma fortuna de orgulho em relação a seus semelhantes.
Acrescenta, ainda: Suponho que é a esse tipo de gente que Cristo se referia quando dizia que pregariam e expulsariam os demônios em seu nome, mas no final ouviriam dele que jamais os conhecera. Cada um de nós, a todo momento, vê-se diante dessa armadilha mortal. Felizmente, temos como saber se caímos nela ou não. Sempre que constatamos que nossa vida religiosa nos faz pensar que somos bons — sobretudo, que somos melhores que os outros —, podemos ter certeza de que estamos agindo como marionetes, não de Deus, mas do diabo. A verdadeira prova de que estamos na presença de Deus é que nos esquecemos completamente de nós mesmos ou então nos vemos como objetos pequenos e sujos. O melhor é esquecer-nos de nós mesmos.
Portanto, como cristãos não estamos imunes ao orgulho. Muito pelo contrário, quando massageado, nosso ego é capaz de enganar a nós mesmos, fazendo-nos acreditar em uma suposta humildade, mas que no fundo, cravado em nossos corações, esconde o poder destrutivo da altivez religiosa. Aquela que nos faz agir como o fariseu [Lc. 18.9] que pensava ser melhor que o publicano pecador.
Nesse sentido, somos convidados a nos entregar completamente ao Senhor e pedir a ele que nos livre de todo e qualquer orgulho, e que o Espírito Santo governe nosso ser.
por Valmir Nascimento
Que o Senhor nos livre verdadeiramente do orgulho religioso, e que Ele possa ser sempre o centro de nossas vidas!!!
ResponderExcluir"eu quero me esvaziar de mim, eu quero me esvaziar da religiosidade e de tudo o que me afasta de Ti" Me esvaziar - nivea soares
ResponderExcluirseguindo o blog gostei muito
passem lá quando der
http://oilujcesar.blogspot.com/
Temos que esconder a nossa face diante de Deus para que só Ele seja visto, não adianta nada fazer a obra para que nós sejamos glorificados, tolos são os que pensam eu consigo, eu fiz, eu posso... Deus é quem tudo pode, tudo faz e tudo detém nas mãos!
ResponderExcluirAdorei a postagem não conhecia o blog mas a partir de hoje serei seguidor, que a soberba não tome nossos corações.
ResponderExcluiro legal é que muitos falam sobre soberba mas se orgulham de seus cargos, de suas profissões, e basta apenas uma conversa, um olhar ou uma foto que sabemos o tamanho da soberba que a pessoa tem por tras de sua bata ministerial ou profissional.
ResponderExcluirabraços