Por Pastor Vanelli
E, se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, dirá ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos (Zacarias 13:6).
Em via de regras o dia de hoje é usado para externalizar a alegria de um tempo que tem uma marca que diferenciou a história da humanidade: o nascimento de Jesus Cristo. Daí então a razão do nome Natal dado a esta efeméride. Na real acepção da palavra, natal tem a ver com nascimento, ou aniversário natalício, especialmente com o dia em que geralmente se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Este vocábulo não aparece na Bíblia, e também não foi utilizado pelos primeiros apóstolos. A “festa de Natal” não se inclui entre as festas bíblicas, e não foi instituída por Deus. Mas, enfim é Natal, ninguém está dizendo que o Natal não existe, Jesus nasceu é Natal.
Ora, e o desnatal? Desnatal é ser e fazer a diferença para as pessoas que nos acercamos o ano todo. Não se trata de ser melhor ou mais alegre para as pessoas só no Natal, mas em todos os dias que puder. E aí é que entra a fibra do cristão. O cristão legítimo ele tem que ter no viver diário um relacionamento, uma compreensão, um bom entendimento com as pessoas de tal maneira que gere nelas uma impressão marcante, independente das circunstâncias ou detrimentos que soframos.
E um exemplo bem claro isto está patenteado na missão, vida e ministério de Jesus. Nasceu, sofreu, morreu por nós e ressuscitou, mas continua a cada dia, sem vínculo a uma data especial, a ser o nosso intercessor direto junto ao Pai.
Ele veio, Filipenses 2 diz que desceu ao nível humano, e ainda padeceu morte e morte de cruz. Foi o maior exemplo de serviço e renúncia. Mesmo trazendo a luz aos homens foi rejeitado por estes. Deixou regras áureas de procedimentos que garantiriam uma vida abençoada e eterna aos seguidores dos seus padrões. Ensinou ao homem orar, examinar as escrituras e a praticá-las.
Nasceu com isto reuniões em grupos de pessoas em localidades, que ao longo do tempo foram se transformando naquilo que hoje chamamos igrejas. Para surpresa de Jesus, cada grupo apanhou uma porção dos seus ensinos e assim inúmeros nomes e costumes foram se moldando no decorrer dos anos. Hoje vemos tantas portas abertas, muita aparência, mas pouca obediência aos seus princípios. Tanto que a igreja se partiu em seguidores dos ensinos bíblicos e seguidores da tradição humana.
Cada dia mais a coisa se tornou tão complexa, que por exemplo as forças das grandes empresas mundiais começaram até a manipular comemorações esdruxulas, como a páscoa, colocando no lugar do Cordeiro um coelho e tão aceito por todos, depois veio o Natal, e ao invés de comemorar, ainda que não haja instruções bíblicas para isto, o aniversário de quem nasceu para que a humanidade tivesse vida, a ênfase recaiu sobre um velho gordo, barbudo, com uma indumentária totalmente estranha e foi lhe dado o nome de Papai Noel, e então o centro das atenções se voltaram para ele.
O comércio cada dia mais ávido de grandes faturamentos investe de forma assustadora com suas mirabolantes publicidades chegando a trazer expressões que não se coadunam com o advento do Messias: “a magia do natal”, “eu e você fazendo a Magia do Natal tornar realidade”. Magia, uma palavra que colide com os princípios divinos desde os primórdios da criação, mas que a máquina publicitária enfia goela abaixo de seres indefesos, porque não possuem liberdade de pensarem com suas cabeças, de lidar com seus próprios conceitos, e que como que impulsionados por uma força motriz esmagadora, cedem ao sistema do consumismo.
A coisa é tão absurda que o Natal tornou-se a data oficial de acertos de contas, ou de reatamento de relacionamentos quebrados. Esta semana mesmo, lendo uma manchete de jornal, via em grande dizeres a seguinte expressão:” KAKÁ E HERNANDES DE BEM COM A VIDA “. Glória a Deus pelo acerto, pela paz que retoma a ambos, mas a pergunta é: que tipo de cristãos somos nós que dependemos de uma data para vivermos bem com o nosso próximo.
Argumentar mais não adianta. As pessoas já aderiram mesmo ao movimento criado pela força da mídia e as determinações que desestabilizam os princípios deixados. Ainda que Paulo recomende a não conformação com o presente século, o chic, o bonito, a moda, é seguir a maioria. Segundo os mais ousados, a voz do povo é a voz de Deus.
Quero deixar aqui o que penso do Natal em poucas palavras:
"Natal não é um dia, é um estado de espírito onde sempre se oferece um ombro amigo para o solitário e suas dores. Natal tem que ser todo dia na vida onde aos adversários oferecemos perdão, aos falhos a paciência, aos amigos a nossa presença e ouvidos sempre disponíveis, aos que cruzarem o nosso caminho o sorriso e a Deus a gratidão pelo dom da vida".
Fonte: Blog Pastor Vanelli
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