Programa Serra do Mar MUDA A VIDA DAS PESSOAS,
mas EXCLUI IGREJAS de seu Planejamento Urbano.
Projeto está retirando dos bairros Cotas em Cubatão cerca de 5.000 famílias.
Projeto está retirando dos bairros Cotas em Cubatão cerca de 5.000 famílias.
Vista aérea da Cota 200 Foto: Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão, em 4 de outubro de 2002 (Via novomilenio.inf.br) |
Em 2007 o Governo do Estado de São Paulo lançou em conjunto com outros poderes o Programa de Recuperação Sócio Ambiental da Serra do Mar. A proposta foi justificada pela orientação de órgãos reguladores que alertavam para os perigos das moradias naquela região. Na prática o maior desafio deste mega projeto era retirar dos conhecidos bairros Cotas, cerca de 5.000 famílias, deslocando-as para conjuntos habitacionais construídos em parceria com a CDHU (Companhia Habitacional de Desenvolvimento Urbano) na cidade e região.
A proposta gerou polêmica e dividiu opiniões. Muitos moradores tentaram resistir em vão à imposição do estado, mas sem alternativas acabaram cedendo e aderindo a linha facilitada de financiamento dos apartamentos e casas sobre-postas construídas, deixando suas antigas casas, que em sua maioria deram lugar novamente a árvores nativas da Mata Atlântica.
Tudo pensado e preparado para que as famílias tivessem a melhor das adaptações em suas novas casas, porém um detalhe parece ter ficado para trás, pois o projeto não levou em consideração a fé dos moradores e não apresentou proposta alguma para readequação das igrejas instaladas nos bairros parcialmente extintos.
Na Assembléia de Deus de Cubatão, por exemplo, membros que transferiram-se dos bairros Cotas para o Conjunto Rubens Lara no Jd. Casqueiro, passaram a frequentar a Igreja do ministério no bairro, porém “Muitos não estão congregando por que consideram suas casas muito longe do nosso templo” explica o dirigente local, Pr. Silvano Gomes de Moura, que precisou estender os horários das reuniões para acomodar a todos, “Já estamos realizando dois cultos no domingo, um às 17h e outro às 19h, mas mesmo assim a igreja está cheia”.
Para o Pr. Ely Silva de Lima (Presidente do Conselho de Pastores de Cubatão), o Governo do Estado ao excluir as igrejas do programa, não só desrespeita o princípio de liberdade de culto e a escolha da religião dos cidadãos como não leva em consideração o convívio social dos moradores, “A Igreja está e deve estar, onde o povo está, fazemos parte da sociedade, mas esqueceram-se disto. Eu pessoalmente já estive mais de 4 vezes com representantes do programa, as respostas são sempre evazivas, não há diálogo” desabafa o pastor.
Procurada a Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, informa que somente residências e comércios foram mapeados e por isso tiveram direito a adquirir um novo imóvel. Já a CDHU simplesmente alega não estabelecer conversações com igrejas, pelo fato de desenvolver somente projetos voltados a habitações.
Solidária a reivindicação dos evangélicos, a prefeita de Cubatão, Profª. Márcia Rosa, se propôs a interceder junto ao Governo Estadual em favor das entidades religiosas “Pleiteamos e obtivemos do Governo do Estado o compromisso de que as reivindicações da população serão ouvidas e atendidas nos projetos habitacionais” informa ela, “Nosso compromisso é de assegurar o respeito às necessidades e aos anseios da população”.
Analisando a problemática o Vice-Presidente da AD Cubatão, Pr. Carlos Roberto Silva indica ainda que a mudança demográfica gera na população um conflito que deve ser observado com um olhar mais atento por parte dos poderes “Temos irmãos nossos, que saíram de lugares humildes e se sentem inferiorizados por estarem em igrejas maiores, outros acabam deixando de frequentar os cultos, seu ciclo social e cristão foi simplesmente desfeito e do ponto de vista logístico das igrejas, até agora nada foi feito”.
Ainda de acordo com o Presidente do Unipec, Pr. Ely, a instituição vem se organizando para formalizar um movimento em favor das igrejas demolidas, segundo ele nos próximos dias uma comissão deverá ser formada para defender mudanças no projeto, buscando forças junto as autoridades do município, do Governo Estadual e até mesmo do Governo Federal.
O Programa Serra do Mar, pretende concluir seus trabalhos até 2014, quando todas unidades habitacionais estarão construídas, assim como a urbanização dos bairros Cotas.
Fonte: Informativo Rhema
Via Redação de Notícias da AD Cubatão
Jornalista Almir Junior
(13) 3361 2738 – Ramal: 23
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Matéria publicada, originalmente, no blog Prossigo Para o Alvo, editado por Robson Silva, um dos primeiros membros da comunidade UBE Blogs, na plataforma Ning, Presbítero da Assembleia de Deus em Cubatão / ministério Belenzinho - SP, e bacharelado em Direito.
É uma questão realmente importante e no mínimo polêmica por excluir a fé da cultura local. Se é injusto...possivelmente, mas por outro lado as igrejas estão inchadas revelando assim um modelo errôneo de ser igreja. Bem diferente do que possivelmente se propôs o Senhor. Vamos pensar... Quantas igrejas tem em sua rua? Quantas tem em seu bairro? Quantas igrejas dessas fizeram ou fazem algo pelo desenvolvimento dessas mesmas ruas, bairros e ecossistema a que estão inseridos, como nesse caso? Se a comunhão dos santos fosse mais orgânica e menos institucional seria mais simples e se usassem o modelo orgânico da igreja dos primeiros discípulos Problemas como esse de que “Muitos não estão congregando por que consideram suas casas muito longe do nosso templo” ou “Temos irmãos nossos, que saíram de lugares humildes e se sentem inferiorizados por estarem em igrejas maiores, outros acabam deixando de frequentar os cultos, seu ciclo social e cristão foi simplesmente desfeito" seriam resolvidos. Igreja não é uma estrutura física. Esse formato templo é do velho testamento. A igreja, enquanto coletivo vivo, enquanto conjunto de pessoas deveria estar nas casas. A revolução do cristianismo começou das casas! Casas para o mundo...Precisamos pensar o que é igreja e sua função na sociedade. Hoje em dia, chego ao ponto de pensar : "Uma igreja evangélica a menos? Q bom!" Imagino sim q talvez várias igrejas dessas q foram retiradas fossem pequenas tal como o formato bom como da igreja primitiva, mas Tudo coopera para Deus. Ele está na história humana e se for preciso reduzir para a igreja ser "reformada" no sentido protestante da palavra, que assim seja e voltemos ao evangelho simples e primordial.Chega de estatísticas e números. Deus não gosta muito de estatística...mas qualidade. Quantidade não deve ser visto como sinônimo de qualidade. Essa é minha opinião. É um outro ponto de vista. É simples resolver. Se cada casa desses cristãos forem espaços da igreja da rua, se cada cristão abrir sua casa para receber uma reunião, um culto, uma igreja mais viva e mais humana, mais social crescerá. Se um "templo" recebia digamos 20 pessoas agora é só 3 cristãos abrirem cada um sua casa para umas 6 a 7 pessoas congregarem um culto. Depois as pessoas não moradoras dessa casa voltaria para sua residência normalmente.
ResponderExcluirpaz do Cristo vivo!
amém!
O povo de Deus desse lugar precisa se movimentar e fazer valer seu direito.Igreja mesmo sem ter obra social é importante ela ressocializa o individuo faz dele um novo cidadão isso tem valor e muito o bandido deixa de ser,algo maravilhoso, quanto as obras nas igrejas costumam ter "social" para atender pessoas carentes da família cristã e também conhecidos muitos hoje acham dificuldade em frequentar a igreja porque não gostam de obedecer regras. Mas é necessário que elas existam ou vira bagunça uma questão de hierarquia só isso. Deus continua no controle e a igreja segue caminhando.
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