Depois de tantas discussões sobre o aborto no Brasil, resolvi relatar agora como funciona o sistema do aborto aqui no Japão.
Aqui a prática do aborto é totalmente liberada, não há discussões religiosas, ou morais em torno do assunto, e agora a única preocupação do governo em relação ao aborto é a baixa taxa de natalidade japonesa. Um estudo aponta que a população japonesa deve diminuir trinta por cento até 2060, ficando abaixo dos 90 milhões de habitantes, sendo dois quintos deles maiores de 65 anos, em uma das sociedades que mais rapidamente envelhecem no mundo.
Em contraste, a comunidade brasileira tem experimentado uma grande explosão de grávidas. Isso me faz lembrar o povo de Israel no Egito, mas isso fica pra outra postagem... Por ano no Japão ocorre em média 500 mil abortos anuais, sendo que 40% dessa estimativa é cometido por jovens com até 19 anos.
Mesmo sem nenhuma discussão, ou penalização religiosa, a maioria das mulheres que praticam aborto, não estão livres dos tormentos psicológicos. Em muitas casas e cemitérios que passo na frente, há um mini-altar com uma estátua pequenina, com um babador. A consciência pesa do mesmo jeito, legalizado ou não.
Outro estudo recente aponta que filhos rebeldes, provém de casais que já praticaram o aborto, isto é, a família fica desordenada por causa desta decisão.
Contando experiências pessoais, quando engravidei do meu primeiro filho, ainda não estava casada , fui ao médico para me certificar da gravidez, e para o meu total espanto, a tradutora do hospital me chamou de canto e perguntou se eu queria fazer um aborto, fiquei indignada com a pergunta, mas me lembrei que estava no Japão.
Já na minha segunda gravidez, com os papéis em ordem, e com o primeiro filho a tira-colo, o médico foi bem mais sutil, apenas me perguntou se eu queria a gravidez, e se eu estava feliz com a situação, com a minha resposta afirmativa, não se tocou no "assunto". Fato é que seja de praxe perguntar a qualquer mulher grávida de até 12 semanas se ela deseja a gravidez ou não.
Enquanto você não passa do terceiro mês de gravidez, nenhum ginecologista japonês considera a mulher como grávida, apenas como uma mulher com um exame de gravidez positivo, dá para entender?
Duas tristes realidades dentro de nossa comunidade é a separação de casais, e após isso, a promiscuidade. E, o alto índice de gravidez adolescente, que tem levado algumas brasileiras, não poucas, a também optarem pela interrupção da gravidez.
Ainda falando de estranhices orientais, quando se engravida, os médicos relutam para falar o sexo da criança, isto porque há uma quantidade expressiva de desistência da gravidez, quando o bebê é menina. Absurdo? Acreditem, isso ainda acontece aqui!
Há também o preconceito sobre a pílula anticoncepcional, os médicos não a receitam. Ela foi liberada no Japão em 1999, 30 anos depois dos demais países, porém foi criado um fantasma de que pílulas teriam efeitos colaterais devastadores. Sem contar o preço do medicamento que é exorbitante, e de difícil acesso, já que para conseguí-lo é necessário passar por consulta médica mensalmente, ou trimestralmente.
Por trás disso, existe a história do dinheiro. Hospitais e clínicas no sistema de saúde japonês são pagos pelo governo, pois todos são obrigatoriamente inscritos em algum algum plano de saúde, mas no caso do aborto, o dinheiro vai direto para a instituição, não passa pelas mãos do governo. Por isso, os médicos não indicam métodos contraceptivos.
Olhando todo este contexto no plano espiritual, podemos imaginar quanto é difícil a batalha por aqui, por isso mais uma vez, peço a todos que orem por este país, que tem tanto, e na verdade é muito mais pobre do que se pensa.
Ia colocar uma foto de bebes abortados, mas quando as vi não pude conter minha emoção, e não vou colocar, mas vou deixar aqui um link, e se alguém que estiver lendo isso estiver pensando em fazer um aborto, ou aprova esse movimento, peço que olhe e depois me fale se já não eram vidas, só esperando pelo momento de estar nos braços daqueles que eram para ser seus pais...
Lembrando que a diferença entre um bebê recém-nascido e um abortado, é apenas o tempo que lhe deram de vida.
Qual a diferença entre matar um bebê nos braços da mãe ou na barriga? para ver as fotos click aqui
Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Salmo 22.10.
Aqui a prática do aborto é totalmente liberada, não há discussões religiosas, ou morais em torno do assunto, e agora a única preocupação do governo em relação ao aborto é a baixa taxa de natalidade japonesa. Um estudo aponta que a população japonesa deve diminuir trinta por cento até 2060, ficando abaixo dos 90 milhões de habitantes, sendo dois quintos deles maiores de 65 anos, em uma das sociedades que mais rapidamente envelhecem no mundo.
Em contraste, a comunidade brasileira tem experimentado uma grande explosão de grávidas. Isso me faz lembrar o povo de Israel no Egito, mas isso fica pra outra postagem... Por ano no Japão ocorre em média 500 mil abortos anuais, sendo que 40% dessa estimativa é cometido por jovens com até 19 anos.
Mesmo sem nenhuma discussão, ou penalização religiosa, a maioria das mulheres que praticam aborto, não estão livres dos tormentos psicológicos. Em muitas casas e cemitérios que passo na frente, há um mini-altar com uma estátua pequenina, com um babador. A consciência pesa do mesmo jeito, legalizado ou não.
Outro estudo recente aponta que filhos rebeldes, provém de casais que já praticaram o aborto, isto é, a família fica desordenada por causa desta decisão.
Contando experiências pessoais, quando engravidei do meu primeiro filho, ainda não estava casada , fui ao médico para me certificar da gravidez, e para o meu total espanto, a tradutora do hospital me chamou de canto e perguntou se eu queria fazer um aborto, fiquei indignada com a pergunta, mas me lembrei que estava no Japão.
Já na minha segunda gravidez, com os papéis em ordem, e com o primeiro filho a tira-colo, o médico foi bem mais sutil, apenas me perguntou se eu queria a gravidez, e se eu estava feliz com a situação, com a minha resposta afirmativa, não se tocou no "assunto". Fato é que seja de praxe perguntar a qualquer mulher grávida de até 12 semanas se ela deseja a gravidez ou não.
Enquanto você não passa do terceiro mês de gravidez, nenhum ginecologista japonês considera a mulher como grávida, apenas como uma mulher com um exame de gravidez positivo, dá para entender?
Duas tristes realidades dentro de nossa comunidade é a separação de casais, e após isso, a promiscuidade. E, o alto índice de gravidez adolescente, que tem levado algumas brasileiras, não poucas, a também optarem pela interrupção da gravidez.
Ainda falando de estranhices orientais, quando se engravida, os médicos relutam para falar o sexo da criança, isto porque há uma quantidade expressiva de desistência da gravidez, quando o bebê é menina. Absurdo? Acreditem, isso ainda acontece aqui!
Há também o preconceito sobre a pílula anticoncepcional, os médicos não a receitam. Ela foi liberada no Japão em 1999, 30 anos depois dos demais países, porém foi criado um fantasma de que pílulas teriam efeitos colaterais devastadores. Sem contar o preço do medicamento que é exorbitante, e de difícil acesso, já que para conseguí-lo é necessário passar por consulta médica mensalmente, ou trimestralmente.
Por trás disso, existe a história do dinheiro. Hospitais e clínicas no sistema de saúde japonês são pagos pelo governo, pois todos são obrigatoriamente inscritos em algum algum plano de saúde, mas no caso do aborto, o dinheiro vai direto para a instituição, não passa pelas mãos do governo. Por isso, os médicos não indicam métodos contraceptivos.
Olhando todo este contexto no plano espiritual, podemos imaginar quanto é difícil a batalha por aqui, por isso mais uma vez, peço a todos que orem por este país, que tem tanto, e na verdade é muito mais pobre do que se pensa.
Ia colocar uma foto de bebes abortados, mas quando as vi não pude conter minha emoção, e não vou colocar, mas vou deixar aqui um link, e se alguém que estiver lendo isso estiver pensando em fazer um aborto, ou aprova esse movimento, peço que olhe e depois me fale se já não eram vidas, só esperando pelo momento de estar nos braços daqueles que eram para ser seus pais...
Lembrando que a diferença entre um bebê recém-nascido e um abortado, é apenas o tempo que lhe deram de vida.
Qual a diferença entre matar um bebê nos braços da mãe ou na barriga? para ver as fotos click aqui
Cíntia,
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Muita rica e equilibrada. Não fere a ninguém, porém, não esconde a triste verdade a respeito do aborto no Japão.
Vcs evangélicos são uma desgraça no mundo, esse deus de vcs não existe, se a pessoa não deseja um filho vcs não tem nada cm isso, se a consciência de vcs realmente pesasse fariam algo por crianças órfão ou adotariam crianças indesejadas. Vcs são a escoria do mundo.
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