Imagem: CJ |
Sidnei Moura
Essa semana a Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre um grupo de mulheres, mães de filhos gays, que gravaram um vídeo (o qual também fiz questão de ver) falando sobre suas descobertas sobre a sexualidade de seus filhos e como reagiram ao saber que eles haviam assumido a condição de homoafetividade.
Nesse mesmo vídeo, uma das mães em questão responde a uma proposição dos produtores do vídeo em relação ao fato de algumas celebridades terem expressado recentemente que preferem que seus filhos sejam "machos" de fato, e não homossexuais, entre elas a cantora Claudia Leite.
Em uma colocação no mínimo infeliz, a mãe em questão ao referir-se a declaração de Claudia Leite de que preferiria que seu filho não fosse gay, afirmou que a declaração da cantora era resultado da provável ausência de amor materno genuíno.
Ora, o politicamente correto agora resolveu entrar na patrulha até das preferências e expectativas que pais e mães "fantasiam" para seus filhos quando antes e durante a gestação, ou logo após o nascimento e primeiros meses de vida, impondo a eles uma mordaça — a proibição de se expressarem em relação ao futuro que desejam para seus filhos, e por essa razão serem acusados de não possuir amor? É evidente que nem todas as "preferências" e "expectativas" dos pais em relação aos filhos são alcançadas ou realizadas de forma plena, assim como também expectativas e preferências não são por si mesmas uma forma de imposição — já na idade adulta (e foi assim que aconteceu também com a mãe autora da declaração infeliz!) os filhos poderão até mesmo se desvincular totalmente das preferências, expectativas e até de valores que lhes foram transmitidos, pois se tornarão livres para tanto. Se assim acontecer, continuarão sendo filhos amados por seus pais.
Na véspera do dia das mães, desejo com força que todas as mães "fantasiem" ao extremo em relação a desejos, preferências e expectativas quanto ao desenvolvimento pessoal, social, espiritual, psicológico e profissional de seus filhos. Se você acredita em princípios norteadores, faça-os valer na criação de seus filhos, expresse-os com liberdade e coloque-os em prática. Lá na frente, caso suas expectativas não tenham sido plenamente atendidas,não se preocupe: as marcas deixadas por você na condução e criação de seus filhos jamais desaparecerão. E caso hajam conflitos nesses resultados, apenas ame. O amor será capaz de harmonizar e colocar todas as coisas em seus devidos lugares. Ah, e não dê ouvidos aos patrulheiros inconvenientes. Eles fazem muito barulho e na maioria das vezes esquecem a essência dos conceitos de "liberdade" e "respeito" que se evidenciam no sentido de reconhecer o diferente em escolhas, preferências e comportamentos, e em acolhê-lo.
Sidnei Moura é licenciado em Letras e professor de Língua Portuguesa e literatura. É editor do blog Sidnei Moura, filiado à UBE - União de Blogueiros Evangélicos, e reside em São Carlos - SP
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