Por Eliseu Antonio Gomes
Tenho algo a dizer sobre o relacionamento dentro das residências cristãs. É quase propriedade dos pré-adolescente e adolescentes dizer “eu sei”. É difícil lidar com quem pensa que sabe (quase) tudo! Com raras exceções, aqueles que dizem isso não sabem nada de importante.
As crianças são inteligentes. muito inteligentes dentro da medida da faixa-etária delas. Olhemos para elas como “pessoinhas” sábias: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina” – Provérbios 9.9.
Pela graça de Deus, lendo o Salmo 1 eu atinei que o melhor fruto é o que nasce na estação certa. Então, não podemos querer colher frutos adiantados na vida das crianças. Devo me satisfazer com atitudes de crianças sendo o que elas são, ainda crianças. Não é possível que uma cabecinha infantil manifeste frutos de alguém adolescente ou que o adolescente pense e aja feito gente adulta.
Uma das crianças que Deus deu para mim e minha esposa fez 13 no sábado. Fizemos algo diferente para comemorar o aniversário dela neste ano. Juntamos toda a família e fomos ao circo. Antes de entrar, na calçada da rua mesmo, cantamos “Parabéns Pra Você”, em seguida entramos num estabelecimento e comemos salgadinhos e barras de chocolates e bebemos refrigerantes. Ela ganhou presentes também! Depois, tive o prazer de vê-la se divertindo bastante ao lado de uma amiga e de uma prima bem pertinho do picadeiro assistindo palhaços, trapezistas e mágicos. Ela nunca havia estado em um ambiente assim.
E, ontem, após o culto, essa mesma criança veio até mim na minha sala dizer que sentia desejo de se batizar nas águas. Perguntei a ela se sabia o significado do ritual. Três segundos de silêncio com ar de surpresa pela minha interrogação. Não deixei de falar que estava contente com sua decisão, mas que conversaríamos sobre o assunto quando o nosso tempo estivesse mais disponível, pois ela precisava dormir para acordar cedinho na segunda-feira para ir à escola. Tenho a resposta e por conhecê-la bem sei que não precisa apressar-se, ainda está passando pelo processo de aprendizagem das coisas espirituais, precisa entender o valor do simbolismo das águas batismais.
Percebo jovens rebelados porque seus pais exigiram deles frutos fora do tempo certo de apresentá-los e provocaram neles a rebelião. E quando chegaram momentos de orientá-los, esses filhos disseram “eu sei, mãe; eu sei. pai!”, recusando-se a ouvi-los, porque estavam estressados com as expectativas inconvenientes que colocaram em suas vidas.
Pais devem ser transmissores do saber, precisam passar à criançada a sabedoria do alto (Tiago 3.13-18). Esse diálogo é travado usando a autoridade e nunca o autoritarismo. E quanto esta comunicação ocorre eficazmente, os filhos tornam-se conscientes que a principal fonte de seu aprendizado são seus pais.
É tão bom quando o filho e a filha buscam em seus pais as respostas de tudo que precisam!
Os pais cristãos não devem temer não saber o que dizer aos filhos. A Bíblia Sagrada contém o que precisa ser ensinado. Faça-se pesquisas bíblicas, diuturnamente, porque o Inventor da família disponibiliza informações para que os pais saibam relacionarem-se bem com seus filhos!
E.A.G.
Fonte: Belverede
Artigo originalmente publicado em 5 de novembro de 2012, sob o título Vivendo Bons Momentos em Casa, a partir de um comentário ao artigo Como se Relacionar Bem, de Carla Ribas ao blog Viva Bons Momentos, de 11 de maio de 2012.
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