Por Robson Silva
Depois de ouvir, passiva e mansamente, pastores néscios e recalcados (palavra da moda) esbravejarem contra a internet, contra o Facebook e até contra o uso de notebooks e tablets nas igrejas e, de acusarem – equivocada e falsamente –, dedicados pregadores, ensinadores e amantes das escrituras de se servirem daqueles recursos – em detrimento da Bíblia impressa, segundo eles – para “destilarem um pseudoconhecimento” diante da igreja de Deus, decidi escrever algumas considerações singelas, mas fundamentadas, sobre o uso da tecnologia em prol do evangelho e do Reino de Deus.
Antes de qualquer coisa é preciso que se entenda que, todo conhecimento emana de Deus – “Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.” (Provérbios 2:6) – e que toda tecnologia é ciência e toda ciência é conhecimento. (Ver Ex.31.1-6). A controvérsia talvez resida no propósito ou finalidade para a qual ela é utilizada. Mas não é sobre o que pretendemos discorrer.
Pois bem! Vencida a barreira da origem ou fonte de todo conhecimento, temos que entender o que vem a ser tecnologia ou instrumentos tecnológicos e, neste caso – conquanto tenha em casa algumas obras impressas que tratam do assunto –, preferi recorrer – por uma questão de praticidade – aos recursos da internet, tendo à mão um notebook com conexão Wi-Fi.
De acordo com a Wikipédia (salvo melhor ensino), “Tecnologia vem do grego τεχνη — "técnica, arte, ofício" e λογια — "estudo", sendo um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e a aplicação deste conhecimento através de sua transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento.”, do que podemos depreender que, basicamente (sic), quase tudo que está a nossa volta, hoje, é ou foi produzido através ou com o uso de tecnologia.
O terno, o sapato, os acessórios, as vestimentas e apetrechos, de uma maneira geral, que usamos para ir ao culto; nossas casas, meios de transporte, alimentos (na sua maioria industrializado), os produtos de higiene e limpeza... tudo é ou provém de algum tipo de tecnologia. Até o “Livro da Capa Preta”, com bordas douradas, letras com destaque em vermelho e notas de rodapé (Ah! As notas de rodapé!): a Bíblia impressa, tal como a conhecemos, é produto da tecnologia!
Não entendeu ainda? Então deixa eu explicar melhor.
Durante séculos, homens inspirados por Deus produziram, com o uso de ferramentas tecnológicas primitivas, os primeiros manuscritos da Palavra de Deus (Ver, e.g., Dt.17.18; 31.24; Is.30.8; Jr.30.2; 36.32; Ap.1.11). Para tanto eles se serviram de tabuinhas de madeira ou de argila, peles de animais (pergaminhos), tramas de papiro (papel primitivo), até que, finalmente, o acúmulo de conhecimentos (ciência) nos levou às fibras de celulose e ao papel alcalino, branquinho, com o qual produzimos as nossas Bíblias.
Mas, nem sempre foi assim! Foi apenas por volta de 1439 que, Johannes Gutenberg, um dedicado inventor e gráfico, elevou a técnica da escrita manual das obras literárias a um patamar nunca antes imaginado: a produção em larga escala de páginas impressas a partir do uso de tipos gráficos padronizados em uma prensa de madeira. Sua principal e mais célebre obra foi a Bíblia Sagrada! (Consulte na Wikipéd
ia: Bíblia de Gutemberg).
Graças a esta tecnologia, aprimorada ao longo de mais de 500 anos, podemos nos dar o prazer de folhear, examinar, ler e reler não apenas uma, mas, dúzias de versões de Bíblias produzidas dentro e fora do nosso país, nos mais variados idiomas. Eu particularmente tenho um bom acervo, e louvo a Deus por esta graça! Nem todos desfrutam da mesma liberdade ou tem o mesmo privilégio.
Isto posto, voltamos à questão primordial: “O uso das tecnologias e equipamentos do século XXI na igreja inviabiliza ou substitui a Bíblia impressa, ou põe em 'xeque' a capacidade do crente compromissado com a genuína Palavra de Deus de preparar seus estudos bíblicos, esboços de mensagens etc.?" Penso que não! Pelo contrário! [continuação da leitura no blog do autor]
Fonte: Prossigo para o alvo
Artigo publicado originalmente com o título Não Abro Mão da Minha Bíblia, Mas Não Dispenso um Tablet
Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirA heresia é própria dos ensinamentos errôneos recebidos e passados posteriormente, não será o objeto de uso, mas quem o utiliza. Só ressaltamos que nem todos sabem se portar de acordo com o público e acabam tornando-se "vítimas" de comentários desnecessários, assim, cremos é uma forte aliada do evangelho a tecnologia, claro que devidamente em uso, não como fazem por ai de forma leviana e irresponsável. A PAZ do SENHOR JESUS a todos.