EBD LÇ. 01 16/04/2017 “MELQUISEDEQUE, O REI DE JUSTIÇA”.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical, lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
PONTOS:
I – QUEM ERA MELQUISEDEQUE.
II – LIÇÕES DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE.
III – SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE.
O sacerdócio de Cristo aponta direto para o homem e não para os elementos.
I – QUEM ERA MELQUISEDEQUE.
1.1 Um personagem misterioso.
Melquisedeque é um personagem misterioso, todavia não incompreensível. Aquele que tomou das mãos de Abraão dízimo quando este voltava da peleja levada a efeito para libertar Ló e recuperar as riquezas tomadas dos reis de Sodoma e Gomorra.
Não sabemos como foi a reação de Abraão neste encontro, mas o Patriarca sabia quem era, de quem se tratava e que não repartiu com ele os despojos, apenas deu o dízimo de tudo. Não era um rei apegado a riquezas.
Na introdução, o autor o chama de “verdadeiro adorador”. Essa expressão tomou sentido diferente como sendo aquele que no culto derrama sua alma, todavia o verdadeiro adorador é aquele que em sua vida e relacionamentos, glorifica a Cristo.
1.2 Onde ele aparece na Bíblia.
O autor cita o texto de Gn. 14:1-13 que descreve esse encontro misterioso; um encontro rápido, sucinto e realmente, sem muitas conversas. Melquisedeque era um sacerdote e com certeza vivia das contribuições para manter o sacerdócio, apesar de a Bíblia declarar que ele era mais que um sacerdote. Era rei de paz e de justiça que nos remete ao filho de Deus antes de assumir a identidade humana.
O autor lembra a primeira guerra registrada na Bíblia, esta em que Abraão se envolve com apenas 318 criados e ficamos a imaginar, com que armas e venceu. Deus era com Abraão
1.3 Características de Melquisedeque.
O presente de Melquisedeque a Abraão (pão e vinho) deve tê-lo saciado após a peleja. A Bíblia não registra a quantidade, mas deve ter sido suficiente para todos. Sacerdote sensato não fica passivo diante das necessidades alheias. Sabe repartir e isto é uma grande lição para nós neste último tempo.
Neste ponto o autor considera que Melquisedeque conhecia a Deus pela tradição oral pós diluviana ou por revelação. Aí está um personagem que ficamos tão quietos a respeito dele, todavia sabemos que ele era muito mais do que se possa imaginar.
Nas sequências da lição, maiores revelações.
Ele abençoou Abraão e em contra partida, recebeu das mãos de Abraão o dízimo como forma de gratidão e nos dando uma preciosa lição que sem lei, o dízimo era uma contribuição de amor e fidelidade à obra do Senhor.
Para mim, dízimo é uma referência numérica percentual (10% ou décima parte) nada tendo com a salvação, exceto se alguém negar por avareza.
Não gasto o meu precioso tempo com quem combate contra o dízimo por puro ideologismo, considerando que o dízimo não é da lei. A lei tão somente normatizou para o povo judeu como uma obrigação considerando que Israel foi um estado teocrático que mesmo se tornando regencial, a lei de Deus foi o seu regulamento.
II – LIÇÕES DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE.
2.1 Um caráter justo.
Não é tarefa fácil descrever alguém quando não se em informações precisas, todavia o reconhecimento dele nas páginas sagradas, dispensa comentários para defini-lo.
Texto que o consagra: Hb. 7:4 “Considerai, pois quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos”.
2.2 Um caráter pacífico.
Percebam que as definições sobre o caráter de Melquisedeque cresce a medida que analisamos aspectos da sua vida.
Rei de Salém que era também “Rei de paz” pelo que indicava o lugar da sua habitação e reinado.
O autor sugere que nós, os cristãos, temos o dever de promovermos a paz.
Lembrei-me rapidamente do Salmo 120:7 “Pacifico sou, mas quando eu falo, eles já procuram em guerra”. Aí fica complicado.
Tem gente que não sabe viver em paz.
III – SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE.
3.1 Um novo sacerdócio.
Muito rico o comentário do autor neste ponto e é até bom que seja lido em classe, mas vou apenas codificar a ordem dos pensamentos do autor:
A – Um sacerdócio sem a lei ou antes da lei. Melquisedeque.
B – Um sacerdócio sob a lei segundo a ordem de Arão.
C – Um sacerdócio, sem a lei, perfeito, segundo a ordem de Melquisedeque e acima de tudo, eterno. Cristo.
Este último sacerdócio fechou tudo sob a expiação do calvário e infelizmente tem muita gente querendo reviver dentro das igrejas, o sacerdócio levítico com seus levitas.
3.2 Jesus Cristo, o sacerdócio perfeito.
Outro ponto que merece a atenção dos professores e alunos sobre o sacerdócio de Cristo.
Jesus cuidou de glorificar a Deus, o Pai em toda sua trajetória consolidando essa glorificação, com a sua morte na cruz para ser enfim, glorificado.
Se assim é e assim a Bíblia sustenta, qual a razão de muitos cristãos terem nos homens, o seu ídolo de preferência seja na área do louvor ou da pregação?
3.3 A ordem de Melquisedeque.
O autor faz uma abordagem interessante e curiosa para os pouco atentos a detalhes escriturísticos:
A) Jesus é considerado Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão.
B) Nele tudo foi aperfeiçoado inclusive e principalmente, o sacerdote sob a bandeira da tribo de Levi.
C) Jesus não podia ser do ponto de vista legal, um sucessor de Arão por não pertencer a tribo de Levi.
D) Deus que já tinha o testemunho firme e forte de Melquisedeque, fez do seu filho um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque levando ainda em conta que o fato de ter sido gerado por obra e graça do Espírito Santo, não tinha genealogia e não tinha princípio de dias, pois em sua deidade, ele era antes e será eternamente.
O Verbo que estava com Deus e o Verbo era Deus. Jo.1:1.
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