É Natal! Tempo de confraternização, muitas luzes, vastas decorações com bastantes cores. Tempo de desejar melhores dias aos nossos amigos, colegas e familiares, como também aos nossos semelhantes. Dar e receber presentes... enviar, receber cartões. Não só as famílias fazem suas festas, Igrejas, empresas e demais entidades também comungam deste mesmo espírito. O comércio entra em frenesi. O consumismo toma conta, domina sobre todos ou quase todos.
Neste cenário surgiu um personagem: Papai Noel, um velhinho de barbas brancas, o qual é mais querido e difundido do que o próprio dono da festa – o Menino Jesus. Evidentemente, há uma intenção oculta, subliminar, na criação da figura do Papai Noel.
É raro um filme natalino que se concentre na pessoa do Menino Jesus. Na verdade, produtores, atores e protagonistas revelam pouco ou nenhuma intimidade com o Menino Jesus. Desconhecem ou se fazem de ignorantes dos relatos do evangelista Lucas que diz:“ E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lucas 2.40). Com cerca de doze anos foi achado no templo sentado entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos se maravilhavam de sua inteligência e respostas. E ali estava para tratar de negócios do Pai Celestial (Lucas 2.46-47,49).
O Menino Jesus do Natal hodierno sofre de raquitismo, não cresce, jamais será considerado Senhor de Vidas. È um Jesus que sempre depende de nós e nunca dependemos dele.
Em Isaías 7.14 dEle está escrito:” Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Ou seja, Deus conosco.
O profeta Isaías 9.6, por volta de 700 a.C., apresenta-nos um Menino Jesus completo e abrangente, o qual repercute nas cortinas da eternidade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Cada um destes títulos tem uma riqueza estupenda a ser dissecado.
Ele é o pão vivo que desceu do céu; do doente, a cura; do perdido, é o caminho para o céu. Éle é o meigo nazareno, varão aprovado por Deus com prodígios, sinais e maravilhas (Atos 2.22), que andou fazendo o bem a todos e curando todas as moléstias entre o povo. É aquele que recebeu a informação de que Rei Herodes o procurava para matá-lo e mandou dizer-lhe: “Ide e dizei aquela raposa: eis que expulso demônios e efetuo curas, hoje, amanhã e no terceiro dia sou consumado” (Lucas 13.31-32).
João Evangelista, no seu evangelho (João 1.1-5), falando da revelação do Filho de Deus assim se expressa: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. Sim! “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14). Em João 6.35 Ele é o pão da vida. Em João 8.12 Ele é a luz do mundo e quem o segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Em João 10.11 é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas. Em João 15.1 Ele é a Videira Verdadeira e quem está nele ligado dará frutos. Ainda em João 10.17-18, Ele declara a sua autoridade sobre a morte: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.
Para João Batista ele é cordeiro de Deus que tira o pecado de mundo. De quem não era digno de levar as suas sandálias (Mateus 3.11). Para Simão Pedro é o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Para Judas, o traidor, era sangue inocente. Quando julgado por Pôncio Pilatos, dissera dele: “ nele não achou crime algum”.( João 18.38). Para o centurião junto ao calvário Jesus foi declarado homem verdadeiramente justo (Lucas 23.47).
No exato momento de sua morte, ao entregar o espírito ao Pai, houve terremotos, as pedras se fenderam, o sol não deu a sua luz, houve trevas sobre a terra, do meio-dia até as três horas da tarde. Era a natureza protestando o padecimento do Filho de Deus, no gólgota (Lucas 23.44-45).
O apóstolo Paulo escrevendo a igreja de colossos (Colossenses 1.15-18), disse dele: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”.
O escritor aos hebreus 1.1-4, declara-nos que Deus o Pai, o fez herdeiro de tudo, isto é: “ A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. E ainda afirmou:” Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente(Hebreus 13.8).
Finalmente declara-se em Ap 1.8: “Eu Sou o Alva e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor que é, e que era, e que há de vir, o Todo Poderoso.
Irmãos! Amigos! O Menino Jesus é um aniversariante singular. E como é que comemoramos o seu aniversário e não centramos nossas atenções no aniversariante?. É muito estranho!
O mundo precisa entender isto: o Menino Jesus nasceu com duas naturezas: uma humana e outra divina.
Na voz melódica do Nelson Ned:
"Como homem ele teve mãe, mas não teve pai;
Como Deus, ele tem Pai, todavia não teve mãe;
Como homem se alimentou quando teve fome;
Como Deus é alimento para alma do homem;
Como homem teve sede, e pediu para baber;
Como Deus é água viva para todo o que crê;
Como homem ele chorou, em Betânia e em Jerusalém;
Como Deus é o consolo dos aflitos e desesperados;
Como homem teve sono e cansaço, até chegou a dormir na polpa de um barco; Como Deus ele não dorme e nem se desfalece.
Como homem foi levado a cruz para provar a morte, sofreu e padeceu; porém ressuscitou dentre os mortos porque ele é Deus."
Feliz Natal e um Venturoso Ano Novo de realizações.
Samuel Borges e Família
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