EBD – SUBSÍDIO - LIÇÃO 10 PARA O DIA 05/06/2016.
“DIREITOS CIVIS, MORAIS E ESPIRITUAIS” (subsídio).
PONTOS A ESTUDAR:
I – DEVERES CIVIS.
II – DEVERES MORAIS.
III – DEVERES ESPIRITUAIS.
Examine se os ensinamentos da sua igreja (local) estão consubstanciados nos ensinos bíblicos. Caso ela não passe na mais elementar análise, acredite, não é igreja.
I – DEVERES CIVIS.
Quero chamar a atenção que a minha opinião é opinião pessoal, sujeita a contestações e não tem o propósito de confrontar o autor da lição nem a casa que a produziu. Como subsídio e na condição de “velho” professor de Escola Bíblica Dominical, procuro dar o tom na forma como sempre ensinei, buscando facilitar o entendimento de alguns pontos propostos, ou seja: Como interpreto o pensamento do autor para passar aos alunos?
1.1 A natureza do Estado.
Com razão o autor estabelece a ordem da fiel tradução em relação ao texto original, considerando que na própria bíblia, quando se fala em potestades, nos conduz sempre ao entendimento do poder das trevas.
No texto ou na tradução de Almeida, potestade nos leva a pensar em governo humano pelo sentido geral do texto.
Basta olhar para a construção política de muitos países dos tempos do antigo testamento para perceber a ingerência divina.
Penso que o texto de I Sm 8 é muito esclarecedor quanto ao dever e os limites da nossa obediência e penso que os limites estão na linha que separa a conduta de Acabe e Jezabel como exemplo de um péssimo governo e reprovado pelo Senhor.
Nos exemplos atuais, exagero na citação do Estado Islâmico, mas temos aí, o governo da Coreia do Norte, simplesmente deplorável e não podemos dizer que Deus tenha compartilhado da sua criação.
1.2 O propósito do Estado.
Vamos buscar compreensão do texto, ponto a ponto.
No primeiro parágrafo o autor fala de “autoridade espiritual” o que isto pode significar?
O que não é ideológico e o que está acima das questões de ordem política, ou seja, o que está ligado pelo reconhecimento divino quanto a autoridade delegada a cada governo.
Em Rm 13:3-4 Paulo fala de um governo responsável cujo papel é organizar a sociedade para que haja distribuição do bem de forma igualitária. Outra questão é o tempo em que vivia e o papel da igreja diante da dominação do Império Romano, obedecer ou não, pagar tributo ou não? Jesus já tinha se posicionado sobre isso, Mt. 22:21.
Quanto a anarquia ela é produto da existência das diversas ideologias políticas que se assentam na tríplice base; Direita, Esquerda ou Centro, podendo ser um governo democrático ou totalitário.
O Cristão não deve compartilhar de qualquer movimento de caráter ideológico. A bíblia é suficiente para nos encaminhar pelo caminho da graça, da verdade e da sabedoria.
1.3 A igreja e o Estado.
Não há o que esclarecer neste ponto quanto ao reconhecimento do Estado, suas leis e aplicações; sempre acordamos que não se pode organizar uma sociedade que respeite os limites se não houver lei coercitiva para o cumprimento da ordem pública em todos os sentidos.
O Estado é laico quando não interfere de forma parcial nas questões religiosas.
A igreja (local) não tem qualquer papel no cenário político não significando que ela deva ser omissa quanto á orientação também imparcial devida aos seus membros e quando o momento o exigir, lembrando que os membros são cidadãos em potencial. Não se pode transformar o culto a Deus em oportunidade de politização ou proselitismos.
É bom que o professor leia este tópico com seus alunos. Pensamento completo.
II – DEVERES MORAIS.
2.1 A dívida que todos devem ter.
Muitos sofrem com essa questão de dívida refiro-me a dívida financeira na relação entre credores e devedores.
Há pastores insensíveis que pregam sem separar o joio do trigo na igreja e até afirmam que nessa condição o crente não será salvo.
Joio – O mau caráter que compra na certeza de não poder pagar e ainda supérfluos.
Trigo – O que foi vítima de riscos como desemprego, saúde etc.
O crente trigo sobe e os despojos ficam.
Não se deve julgar o irmão por eventual citação do seu nome no controle de maus pagadores.
2.2 A segunda tábua da lei.
Já estudamos em lição anterior acerca da lei e sua importância no contexto do Evangelho. O aluno pode achar impróprio este ponto, porém sem entender o pensamento do autor, isto pode até ficar confuso.
A repetição da lei decorreu da quebra das tábuas sobre o bezerro de ouro e assim, a segunda parecia tão somente consolidar o que Deus havia determinado ao povo na primeira. Ex. 32:19-24.
Para nós ficam as questões legais do Sinai que digam respeito ao controle da vida moral e o temor devido ao Senhor.
O autor neste ponto enfatiza e divide a lei em dois grupos. No primeiro a que chama de relação vertical, que trata da relação direta entre Deus e os homens e no segundo grupo a que chama de “horizontal” das relações entre homens e homens, ou seja; Deus se preocupa conosco e com nossa sociedade.
2.3 O segundo grande mandamento.
Sem dúvida alguma, ao amar, dispensamos as ordenanças que tratam das nossas relações. O melhor que possa acontecer em nossas vidas é sempre fruto do amor; até para ser um verdadeiro discípulo do Senhor. Jo.13:35
Deus promoveu a salvação dos homens por amor. Jo. 3:16.
III – DEVERES ESPIRITUAIS.
3.1 Consciência escatológica.
A consciência escatológica citada pelo autor trata dos nossos cuidados em relação ao tempo que resta e como dever espiritual, nem precisaria dizer que a tarefa mais importante da igreja não é organizar a sua programação ao longo do ano, agendar seus compromissos, administrar as emoções dos diversos grupos que representam 80% da preocupação de um pastor na administração da igreja local e sim, preocupar-se com a salvação das almas. Nisto pecamos.
3.2 Consciência da salvação e do Espírito Santo.
CONSCIÊNCIA SOTERIOLÓGICA – Soteriologia ou mais simplesmente chamada de doutrina da salvação não é o simples ato de agregar pessoas ao grupo, mas pessoas ao corpo de Cristo pelo novo nascimento mediante a pregação da fé. Diferente de tudo o que se vê no chamado movimento neopentecostal onde as pessoas são desafiadas todos os dias a buscarem sua saúde e vitórias na vida econômica. Os padres estão fazendo isto também; imitando a quem não oferece exemplo para imitar.
CONSCIÊNCIA PNEUMATOLÓGICA – Pneumatologia ou simples a doutrina que trata do Espírito Santo e das suas obras entre nós. Termos criados pelos estudiosos para definir as bases do estudo da Bíblia de forma racional e por divisão.
Perceba que o autor chama de referência indireta certamente pelo fato de relacionar os cuidados e ação do Espírito Santo, como o nosso Paracleto ou Consolador nas questões morais da vida cristã, não cabendo aqui, a discussão sobre batismo com o Espírito Santo ou dons espirituais.
Toda a nossa caminhada deve estar sendo monitorada pelo Espírito de Deus e assim, por ele conduzida sem que isto signifique subestimar o valor da nossa razão sobre os nossos atos, ou seja O fato de o Espírito de Deus estar em nós conforme Jo. 14:17 não anula a nossa capacidade de escolhas.
A vida segundo o Espírito estabelece o mais perfeito e puro vínculo entre nós e Deus.
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