O profeta Jonas e o grande peixe. |
Por Ev. Izaldil Tavares de Castro
O verdadeiro cristianismo não nos induz a proclamar ao mundo que somos usufrutuários ou herdeiros das riquezas celestiais. Não é o herdeiro quem decide o tempo de iniciar o usufruto dos bens herdados.
Vivemos tempos em que os púlpitos funcionam como cartórios de distribuição de herança celestial. Pouco se informa que herdeiros têm, antes, que ser filhos. Estranhos não herdam! Não adianta ajuntar uma multidão sequiosa de bênçãos e informar-lhes enganosamente que o "céu está aberto" a despejar toda sorte de dádivas adequadas a satisfazer seus humanos desejos. Também não é dada a igreja a autoridade de exigir do Pai aquilo que deseja para esta vida. O Pai decide o que dá e o que nega, e a Sua vontade é "boa, agradável e perfeita" (Rm 12.2).
À Igreja não é dada a autorização de viver como filhos ansiosos, a aguardar o inventário dos bens paternos. Não fomos chamados para mostrar ao mundo que somos "riquinhos", ou "filhinhos de papai", ou "peixinhos de Deus": fomos chamados para sermos perseguidos, injuriados, sofredores por Cristo, mas, incansáveis proclamadores de uma mensagem de arrependimento à humanidade.
Somos pecadores carentes da misericórdia do Senhor nosso Deus. Vivemos por misericórdia divina, e alcançamos a condição de filhos (futuros herdeiros com Cristo) pelo fato de reconhecermos a graça salvadora provinda de Jesus Cristo, nosso Senhor, o qual nos redimiu pela morte vicária na cruz.
O apóstolo Paulo deixou claro que "combatera o bom combate" até o fim. Terminada a carreira, é que ele aguardava o "prêmio da sua vocação".
Cumpre-nos, urgentemente, avisar à Igreja que, neste mundo, ela não pode agir como o filho pródigo, uma vez que a herança não lhe está disponível para este tempo. É necessário que a igreja hodierna retorne ao evangelho e releia as bem-aventuranças relatadas por Jesus, em Mateus, 5.
Chega de templos que reúnem pessoas como parques de diversão ou docerias, os quais atraem crianças ávidas por ganharem presentes dos pais. Igreja é lugar de arrependimento do pecado; é lugar de lamentar a miséria humana e de pedir a misericórdia do Senhor. Igreja é lugar de adorar, exaltar e louvar o Pai, por tudo quanto Ele é e faz, e que, em sua magnanimidade, indica-nos, por Sua Palavra, o caminho a seguir e a obra a efetuar neste mundo.
As promessas da herança do crente resumem-se àquilo que está registrado no Apocalipse: "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono" (Ap 3.21). Que o Senhor abra os nossos corações e mentes para agirmos em consonância com as suas determinações.
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